A Galeria Oitavo faz um ano e volta a casa (e nós também)

Situada no apartamento de Rita Vila-Chã, a Galeria Oitavo acolhe este sábado uma exposição para celebrar o primeiro aniversário. Há obras de 18 artistas para descobrir em todas as divisões da habitação

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Nelson Garrido

A Galeria Oitavo celebra o seu primeiro aniversário com uma exposição a 13 de Janeiro, juntando 18 artistas de vários ramos artísticos. Desta vez, regressa ao ponto de partida e promove uma mostra onde tudo começou — o apartamento no oitavo andar da Cooperativa dos Pedreiros, no Porto, onde reside a fundadora Rita Vila-Chã, que partilha a gestão do projecto com Francisco Moura Relvas.

Uma exposição que, conta a ideóloga ao P3, representa a “exploração de um novo conceito”. A aposta passa pela escolha de trabalhos que não ultrapassem os cem euros e que, ao mesmo tempo, não tenham grandes dimensões. A razão desta selecção prende-se com a “acessibilidade do preço das obras, que torna mais fácil a venda”, defende Rita. Uma outra forma de incentivar a compra é a selecção de peças mais pequenas, visto que “nem todas as casas têm possibilidade de acolher trabalhos grandes”.

A multidisciplinaridade será uma das marcas da exposição. Dos artistas convidados figuram ilustradores, artistas urbanos e cineastas, entre muitos outros. A mentora da galeria revela que os participantes foram escolhidos de acordo com o “trabalho realizado”, admitindo que os “gostos pessoais e o reconhecimento do público” desempenham um papel importante no processo de selecção. Entre eles, estão Luísa Sequeira, que irá apresentar o seu novo filme La Lun, ±MAISMENOS±, que vai falar do seu novo projecto político. 

Rita antevê, aproximadamente, 200 visitantes. Apesar do movimento que domina o prédio, os vizinhos são “muito simpáticos” e “não costumam chatear”. No seu apartamento, que se transformará em galeria de arte por um dia, os visitantes podem explorar livremente as obras que se encontram expostas pelas várias divisões. Apesar de ter sempre “alguém responsável pela segurança das peças”, afirma que nunca teve quaisquer problemas, salientando que se “sente à vontade ao partilhar a casa com as pessoas” e que estas se têm demonstrado “muito respeitadoras”.

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Trabalhos de Hazul, que voltou a ser convidado para esta nova exposição Nelson Garrido

“Aprendemos muita coisa”, reconhece a jovem ao fazer o balanço do primeiro ano de actividade. A galeria começou no apartamento de Rita, teve uma exposição no Hospital Maria Pia e passou também pelo Maus Hábitos, regressando agora ao andar da Cooperativa dos Pedreiros, local com o qual o projecto “se identifica mais”. As portas voltam a estar abertas no sábado, 13 de Janeiro, das 15h às 19h.

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Um guarda-roupa usado como expositor para as fotografias de Victor Santos Ana Marques Maia
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