O ano de 2017 está a um passo de se tornar o mais sangrento desde que há registo

Até ao momento registaram-se 26,573 homícidios - uma média de 80 por dia.

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Daniel Becerril/Reuters

Este ano, e até ao momento, registaram-se no México uma média de 80 homicídios por dia. No total, já foram contabilizados 26,573 assassínios em 2017. Estes números fazem com que o país esteja a um passo de bater todos os seus recordes de violência.

Como explica o El País, o ano mais sangrento tinha sido o de 2011, com 27.199 homicídios, numa altura em que o México vivia o ponto alto da guerra contra o narcotráfico lançada pelo antigo Presidente Felipe Calderón. A duas semanas de terminar o ano, e mantendo-se a tendência registada até agora, 2017 vai mesmo ultrapassar os dados de há sete anos. (Note-se que só existem registos fiáveis sobre a taxa de homicídios no México desde 1997.)

Durante todo o ano, o México foi batendo recordes a cada mês que passava – Junho e Outubro foram os meses mais sangrentos de que há registo, tal como o conjunto dos primeiros nove meses do ano – indicando que 2017 estava mesmo a caminho de se tornar o ano com mais homicídios dos últimos 20 – ou, por outra perspectiva, o ano mais sangrento desde que há registos.

Os estados de Guerrero e do México são os mais sangrentos do país. Este último, onde recentemente foi palco de uma guerra entre as autoridades e os cartéis locais – levando à morte de alguns dos seus líderes – é a região com o maior número de pessoas desaparecidas.

Como diz ainda o El País, há diferenças a assinalar perante novo banho de sangue. Se no período entre 2011 e 2012, os constantes assassinatos eram tema de capa de praticamente todos os jornais mexicanos, este ano o sangue derramado pelas ruas pouco destaque teve na comunicação social.

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