Serviços prisionais abrem inquérito à morte de quádruplo homicida de Barcelos

Presumível autor da morte de quatro pessoas foi encontrado sem vida numa cela da prisão de Monsanto, em Lisboa.

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O crime aconteceu em Barcelos, em Março de 2017 Nelson Garrido

A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) anunciou esta quarta-feira que determinou a abertura de um processo de inquérito na sequência da morte, no Estabelecimento Prisional de Monsanto, em Lisboa, de um recluso suspeito de um quádruplo homicídio em Barcelos.

Em nota enviada à Lusa, a DGRSP refere que o recluso, Adelino Briote, “se suicidou” na segunda-feira, no Estabelecimento Prisional de Monsanto, “onde se encontrava colocado desde 11 de Setembro e onde mantinha o acompanhamento médico psiquiátrico e de integração no Programa de Prevenção Suicídio de que vinha a ser objecto desde a entrada no sistema prisional”.

O recluso foi encontrado na sua cela individual pelos elementos da vigilância que alertaram a PSP e accionaram o INEM, que veio a confirmar o óbito.

“Como decorre do legalmente previsto, foram imediatamente feitas as comunicações oficiais às autoridades competentes, tendo o corpo sido removido para o Instituto Nacional de Medicina Legal para efeitos de autópsia. Foi igualmente determinada a abertura de um processo de inquérito a cargo do Serviço de Auditoria e Inspecção desta Direcção-Geral”, acrescenta a nota.

Adelino Briote estava em prisão preventiva desde 25 de Março, pela alegada autoria de quatro homicídios, cometidos na freguesia de São Veríssimo, em Barcelos.

Esteve inicialmente detido no Estabelecimento Prisional de Braga, mas foi entretanto transferido para Monsanto.

O arguido terá matado à facada quatro vizinhos, sendo as vítimas um casal de 84 e 80 anos, uma mulher de 62 anos e outra mulher de 37 anos, grávida de sete meses.

O quádruplo homicida já teria prometido vingar-se dos vizinhos, que testemunharam contra ele ou que se recusaram a depor em seu abono num processo em que foi condenado por violência doméstica.

Em causa estavam agressões à filha e à sogra, com um ferro, registadas em Março de 2015.

Por esse processo, o homem tinha sido condenado numa pena de prisão de três anos e dois meses, suspensa na sua execução.

Desde então, e segundo vários testemunhos recolhidos no local do quádruplo homicídio, o homem ameaçou vingar-se dos vizinhos, o que terá concretizado em Março, recorrendo a uma faca de cozinha.

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