Activista brasileira ganha prémio ambiental internacional

Maria Margarida Ribeiro da Silva tem trabalhado para que os habitantes locais da Amazónia utilizem os terrenos para caçar, pescar e colher plantas selvagens.

Foto
A activista foi premiada pelo seu trabalho na Amazónia REUTERS/Nacho Doce

A activista brasileira Maria Margarida Ribeiro da Silva, que ajudou milhares de pessoas a utilizarem as suas terras na Amazónia de forma sustentável ganhou nesta quarta-feira o prémio ambiental internacional Wangari Maathai Forest Champions, numa cerimónia sobre sustentabilidade ambiental que decorreu na Alemanha.

Apesar das ameaças por parte de empresas madeireiras, Maria Margarida Ribeiro da Silva, originária do estado de Pará, no Norte do Brasil, tem feito campanha há mais de uma década, apelando aos direitos dos habitantes locais da Amazónia de utilizarem os terrenos para caçar, pescar e colher plantas selvagens.

A activista, que mora na Reserva Extractivista Verde para Sempre – uma área de 1,3 milhões protegida pelo governo brasileiro – ajudou a convencer as autoridades a permitir que as comunidades locais pudessem gerir a floresta tropical, incluindo cortar e vender lenha.

“Espero que este prémio ajude a garantir a continuidade do apoio às comunidades da Amazónia no seu trabalho de proteger as florestas para futuras gerações”, afirmou Ribeiro da Silva em comunicado. A activista ganhou o prémio anual de 20 mil dólares (quase 17 mil euros), intitulado Wangari Maathai, em homenagem à activista e ambientalista queniana com o mesmo nome, que venceu o Prémio Nobel da Paz em 2004 e morreu em 2011.

Sugerir correcção
Comentar