"Gosto muito de fazer medicina e não me imagino a viver sem ela"

Médico oftalmologista João de Deus recebeu o prémio de Personalidade Mais Influente do sector da Saúde. A distinção é o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido à frente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares.

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Miguel Manso

Médico oftalmologista no Hospital Egas Moniz e a exercer clínica privada, presidente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares há oito anos, membro do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos e professor na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa. “Gostaria que o dia tivesse um pouco mais de horas”, brinca João de Deus, que recebeu o prémio de Personalidade Mais Influente do sector da Saúde na categoria "Associações e Federações".

O seu nome fazia parte da lista das 100 personalidades "mais influentes da Saúde a nível mundial". Mas foi com surpresa que o médico português soube da escolha feita pelo grupo editorial brasileiro Grupo Mídia, que tem várias publicações especializadas na área da saúde. O galardão foi-lhe entregue no mês passado na Alemanha, mas só esta terça-feira se soube da distinção.

“Foi uma surpresa, uma surpresa agradável. Mas este é um trabalho de equipa”, salienta. A distinção é o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido à frente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares, com especial destaque para os vários estudos onde avaliam a transferência da competência de médicos para outros profissionais da saúde e a criação de uma academia na área da certificação e formação em liderança clínica.

Política? “Não é minha intenção”

O associativismo, conta, começou ainda na faculdade com a ligação à associação de estudantes. “E depois de ser médico foi uma ligação que continuou a dizer alguma coisa.” Fez parte do Comité Permanente dos Médicos Europeus (CPME), do Secretariado Nacional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e esteve durante 12 anos na Ordem dos Médicos antes deste regresso por indicação do actual bastonário Miguel Guimarães.

A terminar o terceiro mandato como presidente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares, explica que o trabalho ali desenvolvido tem muito a ver com políticas de saúde, levando a que tenha de reunir com frequência com o Comissário Europeu da Saúde.  

E haverá um futuro na política caso se canse da medicina? “Não está de todo nas minhas perspectivas. Não sou filiado em nenhum partido político e não é minha intenção. Gosto muito de fazer medicina e não me imagino a viver sem ela”, remata.

Para o bastonário dos médicos, Miguel Guimarães, é a coroação do “contributo muito importante” que João de Deus tem dado para a medicina quer a nível nacional como internacional. “É um homem com um valor extraordinário e fico muito feliz. É muito positivo ver Portugal a marcar pontos a nível internacional”, salienta o responsável.

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