At. Madrid tem de "incendiar" Londres e esperar que Roma se perca no caminho

Bayern procura bater PSG para restaurar orgulho ferido, enquanto Celtic pode sonhar acordado com a Liga Europa frente ao Anderlecht.

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EPA/Rodrigo Jimenez

Com o Chelsea qualificado para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, no Grupo C resta uma única via aberta, que, inevitavelmente, parece ir dar a uma Roma que ainda precisa do selo imperial.

Uma visão que, sem ser pacífica, resulta do trajecto errante de um Atlético de Madrid, ainda em busca de uma saída urgente, embora consciente do percurso sinuoso que o espera, como sugere a indesejável viagem a Londres.

Enquanto os italianos recebem o “humilde” Qarabag - inesperado mas precioso aliado dos “giallorossi” na discussão entre romanos e madrilenos -, os espanhóis precisam de corrigir o encontro da primeira volta e bater o líder, ficando ainda à espera que os azerbaijanos repitam na Cidade Eterna proeza idêntica à conseguida nos dois jogos com os “colchoneros”.

Apenas com a questão do primeiro lugar em aberto, o Chelsea deverá resistir à tentação de gerir na Champions para poder atacar em força o segundo lugar do United de Mourinho em semana de derby em Manchester.

Conjuntura que em nada facilita a tarefa e as contas de Diego Simeone, para quem só a vitória serve desde que em Roma o Qarabag seja pouco romano, pontuando como em Madrid e garantindo um papel neutro na luta pelo segundo lugar. Isto, sem embargo de o revigorado Griezmann, Gameiro e companhia baralharem as contas de um grupo com decisões importantes a tomar na antecâmara dos oitavos-de-final.

Menos dramático, mas certamente empolgante, será o embate do Allianz Arena, em Munique. Com o Grupo B perfeitamente definido, o Bayern, agora sob o comando técnico de Jupp Heynckes, prepara a desforra da pesada derrota (3-0) averbada no duelo do Parque dos Príncipes.

Enquanto em Glasgow, Celtic e Anderlecht decidem quem segue para a Liga Europa, com os escoceses claramente favoritos depois da vitória por 3-0 alcançada em Bruxelas, na Alemanha não há muitas ilusões quanto à atribuição do primeiro lugar, estatuto que os parisienses só perderiam perante um descalabro difícil de conceber até para os germânicos.

Do lado do Bayern espera-se apenas uma vitória, firme de preferência, para, no mínimo, restaurar o orgulho ferido, ainda que a primeira derrota doméstica do Paris Saint-Germain, curiosamente em Estrasburgo – na fronteira entre França e Alemanha, a meio caminho entre Paris e Munique – possa fornecer novas pistas.

Para a afirmação do PSG como potência mundial, ao nível dos grandes colossos europeus, este pode ser um momento decisivo, incompatível com derrapagens como a de há um ano, em Barcelona.

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