O Largo Adelino Amaro da Costa, em Lisboa, onde está situada a sede do CDS-PP, encheu para apoiar o ministro de Estado e da Defesa Nacional, Paulo Portas, numa resposta à polémica que envolve o líder democrata-cristão e o caso Moderna. O representante do Governo nesta manifestação, José Luís Arnaut, já se encontra entre os participantes.

Centenas de pessoas responderam ao apelo deixado pela direcção do CDS-PP de apoio ao ministro, vindas de todo o país, empunhando cartazes vindos de Braga, Montalegre, Porto de Mós, Moncorvo e Algarve.

A primeira intervenção coube ao líder da bancada parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, que garantiu que esta é uma resposta com "seriedade e firmeza" às provocações da oposição contra Paulo Portas.

Saudando todos os particpantes na manifestação, nomeadamente os elementos do PSD e do Governo, liderados por José Luís Arnaut, Telmo Correia discordou que a manifestação de solidariedade ao ministro da Defesa fosse um erro. "Não consideramos que seja um erro. Sabemos que estamos ao lado de Paulo Portas. Nunca vimos um ataque assim", continuou o democrata-cristão.

Telmo Correia questionou ainda "porquê agora" esta considerada afronta a Paulo Portas, quando se "fala de um processo que tem factos com quatro anos". "Será porque o ministro está a governar bem?", inquiriu ainda o responsável, para sustentar que o membro do Governo está a ser alvo de um "linchamento político" e que se está a pôr em causa a "supremacia da jurisdição e os juízes nos tribunais", "as liberdades e a separação de poderes".

Telmo Correia garantiu que os democratas-cristãos "não estão nervosos, mas serenos", numa referência à exaltação comentada pelos vários órgãos de comunicação social de Paulo Portas, depois da conferência de imprensa de ontem dada pelo ministro, à margem da reunião com o seu homólogo russo.

Para esta noite está ainda previsto um discurso de Paulo Portas, perante as dezenas de pessoas presentes no Largo do Caldas.