Pedro Dias falará a a 13 de Dezembro ou a 5 de Janeiro, diz advogada

Última testemunha abonatória de Pedro Dias foi ouvida esta terça-feira.

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Suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, Pedro Dias Sergio Azenha

Pedro Dias, que está a ser julgado por vários crimes, entre os quais três homicídios, irá falar em tribunal a 13 de Dezembro ou a 5 de Janeiro, disse, esta terça-feira, a sua advogada, Mónica Quintela.

Esta terça-feira, foi ouvida a última testemunha abonatória de Pedro Dias e o pai do militar da GNR Carlos Caetano, uma das vítimas dos crimes ocorridos a 11 de Outubro de 2016, em Aguiar da Beira.

Na semana passada, devido a divergências nos depoimentos relativas ao período em que Carlos Caetano viveu com Katherine Azevedo, a defesa de Pedro Dias requereu que o pai e a companheira do militar fossem ouvidos em tribunal.

António Caetano foi ouvido esta terça-feira e disse que viviam juntos desde 10 de Julho de 2016. Katherine Azevedo será ouvida na próxima sessão.

O juiz presidente manifestou dúvidas se, no dia 13, o tribunal já terá as perícias pedidas para verificar as incapacidades com que ficaram António Ferreira (o militar da GNR que sobreviveu) e Lídia da Conceição (a mulher que esteve sequestrada numa casa de Moldes, Arouca).

Nesse âmbito, a advogada de Pedro Dias, Mónica Quintela, disse aos jornalistas que o arguido falará a 13 de Dezembro, "se houver sessão".

"A calendarização será: primeiro a Katherine, depois o Pedro Dias e depois as alegações. Se não for possível terminar no dia 13, estão já calendarizadas (sessões para) 5 e 11 de Janeiro, portanto, ele falará a 5", explicou.

O advogado Pedro Proença, que representa o militar António Ferreira e os familiares de Carlos Caetano, considerou ser "perceptível algum esforço no sentido de imputar a responsabilidade pelos homicídios da Liliane e do Luís (casal que terá sido abordado na estrada) a outrem".

"Só espero que, depois dos homicídios físicos destas pessoas, não haja da parte do arguido uma tentativa de fazer o homicídio da personalidade de alguém neste processo", afirmou aos jornalistas.

Questionado se pensa que os homicídios poderão ser imputados ao militar António Ferreira, Pedro Proença admitiu que essa seja uma das possibilidades.

"Se tal acontecer, cá estaremos para eventualmente pedir uma certidão e exigir da parte do arguido responsabilidade pelos danos que isso vai provocar à imagem e ao bom nome do meu cliente", acrescentou, mostrando-se confiante de que Pedro Dias será condenado à pena máxima de 25 anos de prisão.

Durante a manhã, duas das testemunhas ouvidas em tribunal disseram que Pedro Dias rezava para que Liliane Pinto sobrevivesse aos disparos.

"Pedro Dias ficou devastado com o falecimento de Liliane" e "desde a primeira hora, tinha muita esperança de que a senhora sobrevivesse por todos os motivos", inclusive ajudar à sua defesa, afirmou Mónica Quintela.

Pedro Dias está acusado de três crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, três crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada, três crimes de sequestro, crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas.

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