Beber três cafés por dia está ligado a menos problemas de saúde

A investigação, de uma equipa do Reino Unido, consistiu na análise de 218 estudos.

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Beber três ou quatro cafés por dia pode trazer benefícios Daniel Rocha

As pessoas que bebem três a quatro cafés por dia terão provavelmente mais benefícios na saúde do que problemas, tais como riscos mais reduzidos de morte prematura e doenças de coração, do que aqueles que não bebem café, concluiu um estudo britânico publicado esta quarta-feira na revista médica BMJ.

A investigação, que juntou resultados de mais de 200 estudos, também concluiu que o consumo de café está ligado ao baixo risco de diabetes, doenças do fígado, demência e alguns cancros.

Três ou quatro cafés por dia trazem benefícios, afirmaram os cientistas, exceptuando as mulheres grávidas ou quem tenha um risco elevado de sofrer fracturas.

O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. Com o intuito de melhor compreender os seus efeitos na saúde, Robin Poole, um especialista de saúde da Universidade de Southampton, no Reino Unido, levou uma equipa de investigação a fazer uma análise a 201 estudos baseados em investigação observacional e 17 estudos baseados em ensaios clínicos nos vários países.

“Beber café é aparentemente seguro dentro dos padrões usuais de consumo”, concluiu a equipa liderada por Robin Poole no seu trabalho, publicado agora.

Verificou-se que beber café estava constantemente ligado a um baixo risco de morte por todas as causas e por doença cardíaca em particular. A grande redução no risco relativo de morte prematura é observado em pessoas que consomem três cafés por dia, comparando com as pessoas que não bebem café.

Beber mais do que três cafés por dia não estava ligado a problemas de saúde, mas os efeitos benéficos eram menos pronunciados.

O café foi também associado a um risco mais baixo de vários tipos de cancro, incluindo o da próstata, do endométrio, da pele e do fígado, bem como diabetes do tipo 2, cálculos biliares e gota, dizem os investigadores. O benefício maior foi verificado nas doenças do fígado, como a cirrose.

A equipa liderada por Robin Poole ressalva, no entanto, que, como a investigação se baseou sobretudo em dados de observação, não poderão ser tiradas conclusões firmes sobre causa-efeito. Mas os investigadores afirmam que as suas descobertas corroboram outros estudos recentes sobre o consumo de café.

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