Sismo na fronteira Irão-Iraque faz mais de 400 mortos e 7000 feridos

Tremor de terra no Curdistão iraquiano matou mais pessoas no outro lado da fronteira, no Irão, e foi sentido em pelo menos mais dez países.

Foto
No lado iraniano morreram pelo menos 398 pessoas ABEDIN TAHERKENAREH/EPA

O sismo de magnitude 7,3 na escala de Richter que abalou a região montanhosa entre o Irão e o Iraque fez mais de 400 mortos, avançaram as autoridades iranianas. O balanço é ainda provisório, pelo que o número de mortos pode ser muito superior – nas listas de feridos estão mais de sete mil pessoas.

A maior parte dos que morreram no terramoto eram habitantes da cidade de Sarpol-e-Zahab, no lado iraniano, a apenas 15 quilómetros da fronteira com o Iraque, e de outras localidades da província de Kermanshah.

De acordo com o balanço mais recente, o terramoto matou 407 pessoas, entre as quais militares e guardas fronteiriços do Irão, disse o chefe supremo das Forças Armadas do país, citado pelo canal de televisão iraniano IRINN.

O lado iraquiano foi menos afectado – há nove mortes registadas, mas este número pode também aumentar à medida que prosseguem as operações de busca e salvamento e que a lista de mais de 500 feridos vai sendo actualizada.

PÚBLICO -
Aumentar

O epicentro do terramoto localizou-se a 30 quilómetros da cidade de Halabja, no Curdistão Iraquiano – a única província autónoma do Iraque e uma das quatro que os curdos consideram formar o Grande Curdistão (uma região que engloba partes dos territórios hoje incluídos no Iraque, no Irão, na Turquia e na Síria).

Para além do Iraque e do Irão, o sismo também foi sentido noutros países próximos, incluindo Turquia, Síria, Israel, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, Egipto, Geórgia e Arménia.

O centro sísmico iraniano disse que foram registadas cerca de 50 réplicas e avisa que são esperadas mais.

O responsável turco pela organização humanitária Crescente Vermelho, Kerem Kinik, avançou no Twitter que reuniu mais de três mil tendas e aquecedores e dez mil colchões e cobertores, que irão enviar através da fronteira do Iraque. 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse em comunicado que está “profundamente triste pela perda de vidas humanas e pela destruição” provocadas pelo sismo. Guterres elogia a resposta das equipas de socorro no local e diz que a ONU está pronta a prestar assistência, se lhe for pedida.

Sugerir correcção
Comentar