Juiz que rejeitou Isaltino vai ser alvo de processo disciplinar

A deliberação foi tomada na reunião do Conselho Permanente do Conselho Superior de Magistratura.

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Isaltino acabou por vencer as eleições LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O Conselho Superior de Magistratura decidiu esta terça-feira converter o inquérito aberto para recolha de elementos quanto à intervenção do juiz Nuno Tomás Cardoso no processo eleitoral do município de Oeiras em processo disciplinar, soube o PÚBLICO.

Depois de ver a sua candidatura rejeitada pelo tribunal, Isaltino Morais convocou uma conferência de imprensa para dizer aos jornalistas que Paulo Vistas, que na altura era Presidente e estava a recandidatar-se à autarquia, havia sido padrinho de casamento do juiz que o afastou da corrida.

Mais tarde, Isaltino voltou à carga: “Tomámos conhecimento de que a mulher do juiz Nuno Cardoso trabalha, desde o mês de Maio deste ano, no laboratório dos Serviços Intermunicipalizados de Oeiras e Amadora.” 

A decisão de Nuno Tomás Cardoso acabou por ser revertida por outra magistrada que estava de turno às eleições, mas o juiz, que também havia feito parte da comissão política do PSD de Oeiras sob a liderança de Vistas, já estava debaixo de olho do Conselho Superior de Magistratura (CSM).

A 9 de Agosto, o CSM anunciou ao PÚBLICO a intenção de abrir um inquérito às denúncias feitas  por Isaltino Morais. Isaltino Morais acabou por vencer as eleições autárquicas de 1 de Outubro com maioria absoluta. Com Ana Henriques

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