Fila K Cineclube encontrou sala para exibir em Coimbra, mas é provisória

Saiu do Conservatório de Coimbra e estava à procura de nova casa. Pelo menos até Dezembro, os filmes vão ser projectados na ESEC.

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As sessões decorrerão às terças-feiras à noite na ESEC FERNANDO VELUDO

Aos 15 anos, o Fila K Cineclube anda à procura de casa em Coimbra. Depois de um arranque de temporada a exibir numa sala do Circulo de Artes Plásticas de Coimbra, as sessões promovidas pelo cineclube têm agora lugar no auditório da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC). No entanto, esta é ainda uma solução provisória.

No início de Setembro, o cineclube comunicou que estava a tentar encontrar um espaço na cidade para projectar filmes, depois de o acordo que tinha com o Conservatório de Música para utilização do auditório ter chegado ao fim.

Ao PÚBLICO, Paulo Fonseca, da direcção da associação cultural sem fins lucrativos, explica que "o protocolo que existia não se enquadrava no normativo legal de utilização do espaço". Como a escola mudou de direcção, o assunto ainda não foi retomado, refere o responsável.

A ESEC disponibilizou assim o auditório principal, onde as sessões decorrerão às terças-feiras à noite. Esta situação deverá manter-se pelo menos até Dezembro, reconhece Paulo Fonseca, que diz estar em conversações com a Câmara Municipal de Coimbra e vê no auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude uma possível solução. Foram estudadas outras hipóteses, como uma antiga sala do Colégio de S. Teotónio, e o Estúdio 2 do centro comercial Avenida, mas nenhuma se concretizou. "Queríamos ver se em 2018 [as exibições] já seriam noutro espaço", assume Paulo Fonseca.

Durante o Verão, como tem vindo a acontecer em anos anteriores, as sessões promovidas pelo Fila K tiveram lugar no exterior do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em projecções ao ar livre.

A associação, uma das únicas estruturas a promover cinema que escapa aos circuitos comerciais em Coimbra, existe desde 2002 e desde então tem passado por vários espaços da cidade. Até ao final de Outubro decorre o ciclo sobre a realizadora Salomé Lamas, sendo que a última sessão é no dia 31, com a exibição do documentário Eldorado XXI.

Antes de exibir no Conservatório de Música, as projecções eram feitas no auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha que, de acordo com Paulo Fonseca, é de dimensão reduzida. Esse é o problema de Coimbra, considera. "Houve sempre um problema de espaço. Nunca houve um equipamento artístico da câmara para este tipo de situações". O responsável lamenta que o Convento de São Francisco (o equipamento cultural com um grande auditório e várias salas que foi inaugurado em 2016) não tenha seguido o exemplo do Centro Cultural Vila Flôr, em Guimarães, e não esteja equipado com um pequeno auditório.

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