Santana ataca as "lapas que já foram autarcas"

Ex-líder diz estar a "cuidar" de um programa para o PSD, anota que há quem tenha desejado o seu regresso. Santana poupa nos nomes, mas não nos adjectivos.

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Mario Lopes Pereira

É num artigo no Correio da Manhã que Santana Lopes deixa uma crítica, velada e sem nomes, a alguns do PSD. Santana poupa nos nomes, mas não nos adjetivos: "As lapas agarram-se quando lhes interessa e onde julgam que se podem segurar. Podem mudar de um lado para o outro, mas nunca deixam de ser o que são. Há lapas que já foram autarcas, mas não deixaram marcas, não deixaram nada".

Sem falar de Rui Rio directamente, ou de qualquer outro dos nomes que se falam como potenciais candidatos ou apoiantes deles, Santana Lopes diz que "nesta fase os programas são muito importantes". E anuncia que "é disso" que está a "cuidar nestes dias". "Sou mais de acção e, desculpem a presunção, mas nas três casas que dirigi com algum tempo até hoje, têm querido que eu regresse ou que eu continue: falo da Figueira, de Lisboa e da Santa Casa". Santana não fala, portanto, do tempo mais curto em que já foi líder do PSD, nem da sua mais recente recusa em avançar de novo para Lisboa.

Mas as críticas continuam, no texto desta sexta-feira: "As lapas estão ou vão quando lhe convém". Ou em jeito de aviso às bases sociais-democratas: "São tão bem intencionadas que muitas vezes nem se dão conta das jogadas que, em seu nome e com o seu voto, são feitas para as lapas se segurarem". Agora, alerta Santana, o partido precisa de "escolher a melhor solução, a melhor liderança, a melhor equipa", para "enfrentar um adversário muito poderoso" - e a maioria absoluta do PS.

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