O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, recandidata-se nas eleições de 2019, anunciou esta segunda-feira o seu partido, a Frelimo. 

Nyusi poderá enfrentar o líder da Renamo (oposição), Afonso Dhlakama, cujos apoiantes têm combatido o Governo desde a eleição de há três anos.

Ambos os líderes encontraram-se, pela primeira vez, desde 2015 este Agosto, fazendo surgir esperança na resolução de um conflito cuja escala é difícil de medir pois trava-se sobretudo no interior do país, nas montanhas da Gorongosa. 

A disputa dos recursos naturais de Moçambique pode provocar instabilidade. Maputo vai começar a explorar as reservas de gás que podem transformar aquele que é um dos países mais pobres do mundo.

Membros do actual Govenro e a Renamo lutaram em campos opostos na guerra civil, que durou entre 1975 e 1992 e matou cerca de um milhão de pessoas. Nyusi, um engenheiro de 57 anos, está no poder desde 2014 quando foi escolhido pela Frelimo para suceder a Armando Guebuza. A Frelimo governa Moçambique desde a independência, em 1975.

O antigo comandante da guerrilha Dhlakama, de 64 anos, perdeu todas as eleições realizadas desde o fim da guerra civil, mas, em 2014, ficou na frente em várias províncias centrais e em duas do Norte de Moçambique.