Narciso esforça-se por explicar que o voto não é na “mãozinha”, mas na “anémona”

Recebido com grande receptividade, candidato pede mudança e apela ao voto “em quem já fez e fez bem”

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Adriano Miranda
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Narciso Miranda arriscou nesta terça-feira um jogo de cartas com um grupo de reformados durante uma acção de campanha no jardim Basílio Teles, mesmo em frente ao edifício da Câmara de Matosinhos, e perdeu. Mas o verdeiro jogo está marcado para o próximo domingo e esse espera ganhá-lo. Embora as sondagens não lhe dêem a vitória, Narciso acredita que até domingo ainda há tempo para conseguir cativar os eleitores que estão ainda indecisos. Mas para isso, reconhece, vai ter de trabalhar até ao último segundo da campanha das autárquicas.

Com as sondagens a darem a vitória a Luísa Salgueiro, Narciso vai ter de fazer “muita pedagogia”, como faz questão de dizer, e explicar que não vai concorrer pelo PS e que o voto não é “mãozinha”, mas sim na “rodelinha” da anémona.

Aparentemente indiferente às sondagens, o candidato independente concentra-se na campanha e ao fim da tarde esteve no jardim Basílio Teles a testar a sua popularidade junto do eleitorado. E, de facto, Narciso é recebido de braços abertos e todos lhe acenam com o voto. Novos e menos novos. “Tudo bem senhor presidente?”, atira uma mulher, ao que o candidato responde: “No domingo vai votar?” “Claro que sim” “E como é que vai votar em Narciso Miranda?", pergunta. “Sei muito bem. Está em segundo lugar [no boletim de voto]. Desta vez não é para votar na mãozinha”.

A pergunta repete-se vezes sem conta e isso não o embaraça. “É preciso perguntar sempre, só desta forma se evita que percamos votos”, justifica o antigo autarca que muitos continuam a tratar genuinamente como “senhor presidente”.

No terreno há muitos meses, Narciso Miranda pede mudança e apela ao voto na sua candidatura. E fá-lo, porque considera que tem legitimidade para o fazer, porque tem obra feita. “Em quatro anos construi 4832 casas [4000 através do Programa de Erradicação e Barracas e 832 lançadas por mim enquanto presidente], esta câmara em 12 anos construiu 42 casas”. Esta vantagem dá-lhe pretexto para voltar a perguntar: “No domingo em quem vai votar? É preciso votar na mudança e em quem fez e faz bem”.

Tiago Americano tem 33 anos e ontem assumiu que o seu voto seria no antigo presidente. “Tem alguma razão para votar em mim?” perguntou, surpreso, Narciso. “Todas”. “Todas? Não quer explicar?” “Primeiro pelo trabalho que fez em Matosinhos, segundo porque cresci a ouvir os meus pais a falar do seu trabalho e terceiro pelo futuro de Matosinhos, pelo meu filho”. Narciso estava ainda a digerir os argumentos deste jovem, quando Joaquim Peixoto, um senhor já na casa dos 70 anos, decide juntar-se à comitiva para dizer: “Desculpe que o trate antecipadamente por senhor presidente, mas em Matosinhos será sempre presidente!”.

A poucos dias das autárquicas, as sondagens entraram na conversa. “As sondagens vêem-se na hora do voto e o meu voto será seu. O meu e o dos meus vizinhos também”, garantiu o apoiante.

Maria Emília Brandão aguardava a chegada de Narciso para também ela lhe garantir o seu voto. “É um voto de gratidão, por não ter mandado demolir a casa que eu estava a construir. Hoje tenho a minha casa, está legalizada, e isso devo-lhe a si. O meu voto é seu”.

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