Cristas saúda reconhecimento do esforço dos portugueses e do trabalho de dois governos

Líder do CDS adverte que “há trabalho a fazer” para corrigir a trajectória da dívida, que continua ascendente.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A presidente do CDS-PP saudou neste sábado a subida de rating de Portugal pela agência de notação financeira Standard and Poor's como reconhecimento do trabalho de dois governos e do esforço dos portugueses, ressalvando que já podia ter acontecido. Assunção Cristas lembrou que “demorou seis anos a reconquistar” esta notação e desejou que as restantes agências sigam a mesma avaliação.

"É o reconhecimento de um trabalho de seis anos, ou seja, de dois governos, mas essencialmente do esforço de todos os portugueses. Hoje todos os portugueses podem sentir que o seu esforço foi reconhecido por esta agência. Era bom que tivesse sido reconhecido antes, teria havido, porventura, condições para ser reconhecido antes", defendeu Assunção Cristas.

A líder centrista argumentou que com "uma trajectória de redução da dívida" e "estabilidade nas políticas" esta subida poderia ter sido antecipada, sublinhando igualmente que a agência defendeu a manutenção da reforma laboral. Assunção Cristas falava aos jornalistas no mercado de Benfica, em Lisboa, numa acção de pré-campanha da sua candidatura à câmara da capital, encabeçando a lista da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM).

"Isto não nos pode levar a esquecer que há trabalho para fazer. Continuo muito preocupada com os níveis muito elevados da dívida. Certamente baixando a notação fica um pouco mais barata, mas são níveis muito elevados. A dívida não está numa trajectória descendente", advertiu.

A líder do CDS salientou ainda que a agência de notação financeira referiu-se à "diminuição do desemprego", relacionando-a com a reforma laboral, e disse ser "positivo que o Governo não tenha mexido na reforma laboral". "Será bom que continue a dar estabilidade a esta reforma", frisou.

Assunção Cristas considera que este é o resultado de um trabalho de seis anos, defendendo que não houve qualquer fim da austeridade, que deu lugar, pelo contrário, a uma "austeridade encapotada, nos impostos indirectos, na degradação da qualidade dos serviços públicos". "Na área da saúde e da educação há muita gente que nos pede para sermos agora a voz audível das situações que se passam no terreno, e que nos dizem ‘agora nós não podemos falar', porque são apoiantes do Governo, ‘falem vocês'. Oiço muitos comentários de que nunca esteve tão mal nem no tempo da troika", afirmou.

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