Formação na PJ diminui ritmo de investigações

No total são 120 agentes que estarão em formação durante dois meses, reduzindo ainda a presença de operacionais no terreno e investigação.

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Inspectores farão a formação em duas fases Fábio Augusto/Arquivo

Uma formação direccionada a agentes da Polícia Judiciária vai diminuir o número de operacionais nos próximos meses e pode colocar em risco as investigações em curso, aponta a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), citada pelo Jornal de Notícias.

Em Setembro, por exemplo, 40 inspectores e inspectores-chefe vão integrar cursos de formação para acesso à categoria de coordenador da Polícia Judiciária. O curso dura dois meses, período durante o qual os agentes estarão impossibilitados de combater diariamente a criminalidade. Numa nova vaga em Janeiro, estes 40 agentes regressam, mas serão 80 os operacionais a saírem para formação.

No total serão 120 investigadores ausentes durante duas vagas de formação. Ricardo Valadas, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal, afirma que “nos departamentos mais pequenos existe o risco de serem cumpridos apenas os serviços mínimos”.

A direcção da PJ garante que o serviço estará garantido. "Durante os períodos de formação, que decorrerão em momentos alternados para minorar os seus efeitos, as ausências serão supridas pelos responsáveis das respectivas unidades orgânicas, com recurso à gestão flexível, em termos similares aos previstos para outros períodos de formação permanente e para os períodos em que os funcionários se encontram em gozo de férias", afirmou Almeida Rodrigues, director nacional, em declarações ao mesmo jornal.

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