Incêndios em Proença-a-Nova tiveram mão criminosa, diz presidente da câmara

João Lobo pede às autoridades para darem prioridade ao caso.

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LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA/Arquivo

O presidente da câmara de Proença-a-Nova está convicto de que algumas das frentes de fogo que lavraram no concelho entre 23 e 27 de Julho tiveram mão criminosa. Num comunicado enviado às redacções, João Lobo diz-se convicto de que houve "estratégia e calendário temporal preparado".

O autarca refere que, "não fazendo parte" do "grande incêndio que começou na Sertã e se dirigiu para Mação", houve durante aqueles dias "duas ignições suspeitas: uma na Ferraria (Catraia), no dia 25 de Julho de manhã, imediatamente controlada, e outra no início da noite de 26 de Julho no Malhadal, povoação que esteve em perigo, num incêndio que evoluiu em direcção à Folga e marginal à aldeia de Eiras”. 

“É minha convicção que estes episódios têm mão criminosa, tanto mais que as ignições que se observaram em tão vasto território apresentam estratégia e calendário temporal preparado”, diz, pedindo a intervenção das autoridades.

“Exige-se que as autoridades dêem prioridade a esta investigação e criem núcleo para acompanhar com proximidade e detalhe toda esta situação. Actos criminosos como estes e com estas consequências e gravidade não podem ficar impunes, uma vez que põem em causa a sustentabilidade territorial de uma região”.

“As proporções tomadas pelos incêndios por toda a região e país foram responsáveis pela dispersão de meios, obrigando a esta intervenção meritória das nossas gentes. Compreendo que haja um certo sentimento de revolta por em alguns momentos não estarem disponíveis tantos meios como os necessários. Este incêndio, além da vasta área florestal, atingiu palheiros, arrecadações, casas devolutas e equipamentos agrícolas, árvores de fruto e oliveiras” continua o presidente da câmara de Proença-a-Nova.

O combate às chamas no concelho chegou a mobilizar mais de 1100 operacionais dos bombeiros, 346 meios terrestres e dez meios aéreos.

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