Avião que transportava Chapecoense não estava coberto pelo seguro

Companhia aérea tinha falhado pagamento à seguradora.

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Reuters/FREDY BUILES

O avião da empresa boliviana LaMia que transportava a equipa brasileira da Chapecoense não tinha seguro no dia do acidente, por falta de pagamento. A queda do avião, na Colômbia, matou 71 pessoas. A notícia é avançada pela CNN Espanha, que teve acesso a uma carta da seguradora Bisa enviada para a companhia aérea.

Na missiva, datada de 21 de Fevereiro de 2017, constam informações de que o seguro estava suspenso por falta de pagamento, desde o início do mês de Outubro de 2016, noticia o canal. Porém, mesmo que o seguro fosse válido, não cobriria os danos porque existe uma cláusula de exclusão geográfica, que implica que o seguro não é válido em países como o Afeganistão, Síria, Iraque ou Colômbia – onde ocorreu o acidente.

Em declarações à estação televisiva, Fredy Gutierrez especialista em acções judiciais relacionadas com seguros, afirma que “existe uma dupla omissão, tanto por parte das autoridades da Bolívia, como pelas autoridades colombianas. Assim os familiares das vítimas podem processar os dois países.”

O acidente ocorreu a 28 de Novembro de 2016. O avião despenhou-se perto do aeroporto de Medellín, capital colombiana, onde a equipa iria disputar a primeira mão da final da Copa Sul-Americana (a segunda competição de clubes mais importante do subcontinente, a seguir à Copa Libertadores) contra o Atlético Nacional. 

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