Avião da Chapecoense tinha falta de combustível e peso a mais

Apesar de não ter sido um factor determinante para o acidente, relatório preliminar da Aeronáutica Civil da Colômbia salienta que a aeronave descolou com 500 quilos a mais.

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Reuters/PAULO WHITAKER

A Aeronáutica Civil da Colômbia divulgou esta segunda-feira o relatório preliminar da investigação ao acidente do avião que transportava a equipa brasileira da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas em Novembro. No documento conclui-se que a aeronave viajava com combustível no limite e com excesso de peso.

O secretário de segurança da Aeronáutica Civil colombiana, Freddy Bonnila, diz que as gravações da cabine do avião da Lamia mostram que o piloto e co-piloto pensaram em realizar uma escala devido à escassez de combustível. Mas decidiram não o fazer. Bonnila refere que o plano de voo autorizado pela AASANA (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia) era irregular, pois não tomou em consideração que o tempo de viagem era o mesmo do que apontava a autonomia de voo.

A AASANA deixou também passar outra irregularidade, segundo o relatório agora apresentado, relacionado com a altitude alcançada pelo avião. O aparelho não estava certificado para ultrapassar os 29 mil pés, mas no plano de voo especifica-se que faria a viagem a 30 mil pés de altitude.

"A aeronave continha um peso superior ao permitido pelos manuais", diz ainda o responsável colombiano, citado pelo jornal brasileiro O Globo, tendo o avião descolado com 500 quilos a mais do que o máximo permitido. "Porém, essa revelação não é um factor prioritário para o acidente como tal", explica Bonnila.

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