Uma caixa de madeira com um botão vermelho em cima da secretária de uma das salas mais poderosas do mundo, na Casa Branca, espera que o Presidente dos Estados Unidos lhe toque para que cumpra o seu papel. Parece um cenário assustador? Não é caso para tanto. Na mesa de Donald Trump, o botão vermelho não dispara mísseis nucleares ou qualquer outro tipo de armamento. Em vez disso, o botão serve apenas para o Presidente norte-americano pedir uma Coca-Cola, como tem sido testemunhado pelos jornalistas que entraram no gabinete de Trump.

São pelo menos três as entrevistas conduzidas na Casa Branca durante as quais o Presidente dos EUA recorreu a este botão. Minutos depois, alguém surgia com o refrigerante de eleição. Tal aconteceu durante entrevistas da Associated Press, a propósito dos seus 100 dias na Casa Branca, da Time e do Financial Times. 

Demetri Sevastopulo, repórter deste último jornal, foi o primeiro a interrogar Trump sobre aquele dispositivo, questionando, em tom de brincadeira, se se tratava afinal de um botão para accionar o arsenal nuclear norte-americano. "Não, não, mas toda a gente acha que sim", respondeu o Presidente norte-americano. "Ficam todos um bocadinho nervosos quando carrego no botão", disse Trump, citado por Sevastopulo. 

E também no que diz respeito aos refrigerantes, Trump parece ter alterado uma das suas opiniões após a chegada à Casa Branca. Se há alguns anos ridicularizava o consumo de Coca-Cola Diet, agora, segundo Sevastopulo, a versão menos calórica da bebida é precisamente aquela que Trump bebe.

Ao contrário do telefone vermelho da Guerra Fria, que era um mito, a existência do botão vermelho na Sala Oval já era conhecida há décadas. No entanto, e até agora, desconhecia-se a sua finalidade exacta. O USA Today acrescenta que, apesar de se encontrar habitualmente no gabinete presidencial, a caixa com o botão vermelho não tem fios e é portátil, podendo ser utilizada noutras divisões da Casa Branca.