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Um “mundo à parte” chamado Açores

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Primeiro, apaixonou-se por uma açoriana, do Pico. Depois, pelo arquipélago inteiro. De Lisboa, onde vive, Filipe Lucas Frazão parte várias vezes por ano para os Açores. Não consegue evitar. "Apaixonei-me profundamente por aquilo", conta, ao telefone com o P3. "É difícil sintetizar. É um mundo à parte." Que pode ser visitado na sua conta de Instagram, onde vai publicando também parte do seu trabalho como fotógrafo profissional especializado em comida e lifestyle. Está lá o mar, claro, elemento pelo qual nutre "uma ligação muito forte", até porque é praticante de pesca e de mergulho, mas também o "peso da montanha", o "isolamento" da ilha. E muitas iguarias gastronómicas. Das cinco ilhas que conhece — São Miguel, São Jorge, Faial, Terceira e Pico —, o jovem de 32 anos não hesita ao escolher a última como a sua predilecta. "O Pico não é uma ilha de uma beleza imediata porque é mais bruta, muito negra, mas isso dá-lhe um certo charme." Natural das Caldas da Rainha, Filipe formou-se em Pintura, o que, de alguma forma, é visível na composição das suas fotografias. Uma "referência" que não procura, mas a que não consegue fugir. Como os Açores, talvez. O seu trabalho pode ser visto ao vivo até meados de Maio no Museu de Portimão. Em Cirúrgico, o fotógrafo documenta a pesca grossa algarvia, desde a mestria do primeiro corte da desmancha do atum na fábrica em Vila Real de Santo António até ao prato final, preparado por um chef com estrela Michelin.