Há seis casos de sarampo confirmados

Crianças que não foram vacinadas são as principais afectadas.

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Falta de vacinação na origem do ressurgimento da doença Rui Gaudencio

O director-geral da Saúde, Francisco George, indicou, nesta sexta-feira, que há seis casos da doença confirmados e que está a ser ainda investigado de que forma estas pessoas apanharam a doença. Na quinta-feira o número de casos confirmados era de cinco.  

O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlado em Portugal.

O director-geral da Saúde recordou que as autoridades receberam recentemente informação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre surtos de sarampo na Europa, muito devido a "bolsas de pais e de mães" que decidem não vacinar os seus filhos. Segundo a OMS, mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afectando pelo menos sete países.

Os seis casos para já existentes em Portugal ainda estão sob investigação, no sentido de se perceber se o vírus foi adquirido no estrangeiro ou por contactos com estrangeiros. A maioria dos casos é em crianças não vacinadas, que ainda não tinham idade para ser vacinadas ou já teriam mas não tinham ainda levado a vacina.

A vacina do sarampo é, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação, administrada pela primeira vez aos 12 meses. Francisco George considera que os portugueses não têm motivo para se preocupar com o sarampo, uma vez que existe uma grande cobertura vacinal na população.

Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) tem aconselhado a vacina a todas as pessoas que vão viajar ou participar em eventos internacionais.

 

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