Rufus Wainwright e Douglas Dare animam o Theatro Circo em Maio

A estes dois pontas-de-lança da programação da sala bracarense, a programação internacional destaca ainda mais uma passagem do pianista belga Wim Mertens por Portugal e a actuação dos ‘queridinhos’ indie Dakota Suite na companhia de Quentin SirJacq.

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NFACTOS/Fernando Veludo

Em Maio, o Theatro Circo recebe em apresentação única Rufus Wainwright, assim como a estreia nacional de Douglas Dare, homem ligado à editora Erase Tapes. A estes dois pontas-de-lança da programação da sala bracarense, a programação internacional destaca ainda mais uma passagem do pianista belga Wim Mertens por Portugal e a actuação dos ‘queridinhos’ indie Dakota Suite na companhia de Quentin SirJacq.

O músico canadiano Rufus Wainwright regressa a Portugal depois de uma última visita com o espectáculo Prima Donna, a versão concerto da sua ópera inspirada na figura da soprano Maria Callas que apresentou em 2015 na Fundação Calouste Gulbenkian, acompanhado por uma Orquestra Gulbenkian dirigida por Joana Carneiro. Revelado como cantor pop com um fraquinho pela ornamentação barroca, Wainwright gravou o seu último conjunto de canções dentro desse espectro no álbum Out of the Game (2012). Desde então, com Prima Donna mas também com o ciclo de canções Take All My Loves em que musicou sonetos de William Shakespeare (ambos os discos tiveram edição pela Deutsche Grammophon), aproximou-se da ópera e de um modelo de recital lírico. Em Braga, ambas as facetas de Rufus deverão assomar ao palco, a 31 de Maio.

Douglas Dare é uma das recentes revelações da editora Erased Tapes, casa onde despontaram Ólafur Arnalds, Nils Frahm ou Peter Broderick. O cantor e pianista inglês que o The Guardian descrevia em 2014 como alguém “que soa a James Blake fazendo versões de baladas de Elton John” passa por Braga a 12 de Maio, em apresentação de Aforger, segundo álbum das suas contas, em que à sua marcada voz frágil derramada sobre piano melancólico acrescenta uma secção de sopros e um coro, ingredientes essenciais para a sua expansão sonora.

Não têm sido abundantes os sinais de vida vindos dos lados dos Dakota Suite, banda inglesa seguidora de cartilha musical do interior norte-americano que fez algum furor no meio indie com a sua chegada à Glitterhouse, através de álbuns como Signal Hill (2000), The Way I Am Sick (2002) e This River Only Brings Poison (2003). Há muito que se perdeu o rasto a Chris Hoosoon, líder de um grupo que, na verdade, é ele mais uns quantos que junta em seu redor, mas eis que o Theatro Circo descobriu a parceria entre Hoosoon e o pianista Quentin SirJacq que devolveu algum ânimo ao projecto e estará em palco a 20 de Maio. Wim Mertens, sumidade belga da música minimalista cujas visitas a Portugal têm sido frequentes nos últimos anos, passa por Braga na última data (13 de Maio) de uma digressão de piano solo que o levará ainda ao Teatro Municipal da Guarda (5), Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra (6), e Teatro Municipal de Faro (7).

 

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