Sam queria ajudar um amigo e criou um exosqueleto

Nasceu um “esqueleto de vestir” que pode ajudar paraplégicos a recuperarem movimentos

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Sam Huynh é uma engenheira que trocou o trabalho para ajudar um amigo paraplégico e acabou por criar um “esqueleto de vestir” que pode ajudar na recuperação de movimentos perdidos por lesões neuronais. A Quartz conta a história de Sam e a da sua criação.

Um amigo próximo de Sam, Taylor, teve um acidente e ficou paralisado abaixo da linha do peito. A solução foi construir uma espécie de fato robotizado que sustentasse o corpo de Taylor e lhe devolvesse a possibilidade de se movimentar. Os exosqueletos (esqueleto exterior) não são novos, mas Sam está a construir um exosqueleto de corpo inteiro e os que até agora estão disponíveis são apenas para os membros inferiores.

Além disto, Sam fez questão de utilizar materiais acessíveis de modo a que o custo total do seu exosqueleto de corpo inteiro estivesse ao alcance de um maior número de pessoas. O preço ainda não é exacto, mas será bem menos que os quarenta mil dólares, aproximadamente 37500 euros, que custam actualmente os exosqueletos para os membros inferiores que estão no mercado.

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Abrir a porta para a recuperação?

Além de ser de corpo inteiro, o exosqueleto de Sam é também diferente dos outros na forma como é controlado. Os movimentos são accionados por sinais eléctricos que partem dos músculos do utilizador – quando um músculo que ainda é controlado é flectido, a estrutura robótica reproduz o movimento servindo como suporte aos músculos que não podem ser controlados.

A neuroplasticidade do cérebro significa que a repetição de movimentos, com ajuda, desde que parta do cérebro do paciente, pode levar à recuperação. Neste sentido, a criação de Sam poderá ser útil porque facilita a reprodução de movimentos sem a ajuda de terceiros, apenas com o exosqueleto. Claro que os fisioterapeutas também podem ajudar nisto, mas os exosqueletos, especialmente o de Sam que é construído com materiais mais acessíveis, podem ser levados para casa do paciente para prática mais regular.

Sam disse ao Quartz: “Detestaria que as pessoas ficassem presas ao meu aparelho: quero que o utilizem até reaprenderem como utilizar os seus próprios corpos”, mas até agora ainda não foi completamente provado que a repetição de movimentos significa recuperação de movimentos para quem sofreu de lesões neuronais.

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