Guterres pede prioridade para o fortalecimento do "poder das mulheres"

Na sua visita a Nairobi, no Dia Internacional da Mulher, o secretário-geral da ONU afirmou que as mulheres “são as verdadeiras vítimas da pobreza”, dos conflitos e da violação dos direitos humanos.

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António Guterres deslocou-se ao bairro degradado de Mathare, em Nairobi, para “conhecer os desafios” que as mulheres enfrentam na luta a favor da igualdade de género Reuters/THOMAS MUKOYA

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta quarta-feira que o “poder feminino” se transforme numa prioridade internacional para que seja alcançada a paz e uma maior protecção dos direitos humanos em todo o mundo.

“Devemos dar total prioridade ao poder da mulher” disse Guterres aos jornalistas em Nairobi, no Quénia, onde se reuniu com o presidente queniano, Uhuru Kenyata, tendo previstos ainda diferentes actos de celebração do Dia Internacional da Mulher.

Guterres afirmou que o sofrimento das mulheres “é trágico” porque “elas são as verdadeiras vítimas da pobreza”, dos conflitos e da violação dos direitos humanos.

O secretário-geral da ONU apelou aos governos, instituições e empresas para que tenham a protecção dos direitos das mulheres como “total prioridade”, promovendo a sua maior participação nos processos de paz.

“Com a presença das mulheres no desenvolvimento dos países pode atingir-se uma maior protecção dos direitos humanos no mundo”, afirmou, acrescentando que a “narrativa sobre o continente” está demasiado centrada na crise, acrescentando que “África é uma terra de oportunidades e conquistas”.

Nas visitas previstas para esta quarta-feira em Nairobi, António Guterres deslocou-se ao bairro degradado de Mathare para “conhecer os desafios” que as mulheres enfrentam na luta a favor da igualdade de género.

Na sua mensagem oficial para o Dia Internacional da Mulher, o secretário-geral das Nações Unidas – que nomeou diversas mulheres para cargos de relevo, como secretária-geral adjunta, chefe de gabinete e assessora especial para a área da política –, afirmou estar “100% comprometido com a liderança das mulheres e com a igualdade de género”.

“Vamos garantir que fazemos tudo o que está ao nosso alcance para ultrapassar os preconceitos entranhados, apoiar o envolvimento e o activismo, e promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres”.

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