Dançar em terra e na água, o novo turismo dos Açores

Quando decidiu viajar para a Tailândia, há onze meses, Violeta Lapa não sabia nadar. A água era o seu maior medo — e, simultaneamente, o maior sonho. Sozinha, resolveu participar num festival de dança aquática naquele país asiático. “Foi incrível, uma experiência transformadora”, recorda, em conversa com o P3. Em 20 minutos, assegura, aprendeu a nadar e não é exagero dizer que a vida nunca mais foi a mesma. De regresso a Portugal — mais propriamente à Serra da Arrábida, onde vive — criou a empresa Oceans and Flow. Organiza experiências em viagem, nas quais a dança por terra e na água é o centro. O vídeo que aqui apresentamos — realizado por Gustavo Neves, a outra metade da Oceans and Flow e namorado de Violeta — revela um pouco daquilo que foi a primeira viagem na ilha de São Miguel, em Setembro último. Quinze pessoas, de onze nacionalidades, inscreveram-se na experiência e passaram uma semana nos Açores. Não sabiam propriamente o que esperar, conta Violeta, apenas que iam “fluir numa ilha, viajar de uma forma diferente, dançando ao longo de uma ilha”. A ideia é explorar através da dança, comunicar com espécies marinhas — daí a interacção com golfinhos, ao largo de São Miguel, que se vê no vídeo. “O que nós fazemos são viagens catalisadoras de sonhos. Aprofundamos os talentos dos participantes, os sonhos e as paixões através de uma metodologia, o Dragon Dreaming”, desenvolve a jovem formada em Educação Especial e Reabilitação. “Damos ferramentas para qualquer pessoa perceber como pode realizar os seus sonhos.” Violeta sabe do que fala: coordenou, durante vários anos, a actividade da Terra dos Sonhos e ajudou a concretizar mais de 350 desejos em todo o país. A Tailândia é o próximo destino da Oceans and Flow (a partida está marcada para 13 de Fevereiro próximo) e na agenda está já uma nova visita a São Miguel, em Setembro de 2017 (os pacotes incluem tudo menos os voos). “Mais consciência oceânica e inspiração” é aquilo que Violeta e Gustavo oferecem.