E o vencedor do Prémios PlayStation é...

A vitória coube a "VRock" e a Rogério Ribeiro, fundador da GS78

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VR Rock! E por um segundo, grande parte da sala foi apanhada de surpresa, incluindo Rogério Ribeiro, fundador da GS78, que se levantou da sua cadeira, dirigindo-se ao palco, meio atrapalhado, quase incrédulo com o que tinha ouvido segundos antes. Seguiram-se os habituais agradecimentos e uma ovação da plateia. Era o culminar de um percurso longo e árduo.

Realizado no dia 19 de Janeiro deste ano, a Gala PlayStation foi a fase final do concurso PlayStation Prémios, uma iniciativa da Sony para dinamizar a indústria nacional de videojogos. Cerca de 50 empresas concorreram, tendo chegado à final dez títulos, que concorriam para além da categoria principal (publicação do jogo na PlayStation 4) a outras cinco secundárias (Melhor Arte, Jogo mais Inovador, Melhor Utilização das Plataformas PlayStation, Melhor Jogo Infantil e Prémio Imprensa).

Ainda durante a gala, em conversa com colegas e representantes das empresas, pairavam três grandes candidatos à vitória final: Shutix, da Indot Studios, Gateway, da Spell Caster Studios, e VRock da GS78.

Conforme o evento foi decorrendo, os prémios secundários iam definido posições: Shutix (Prémio Imprensa), Gateway (Melhor Utilização das Plataformas PlayStation), Aztec Tale (Melhor jogo infantil), VRock (Jogo Mais Inovador) e Hell Keeper (Melhor Arte).

Um outro ponto interessante foi tentar seguir as pistas dadas noutros eventos da Sony. Por um lado, o vencedor do ano anterior (Strikers Edge) tinha igualmente ganho o Prémio Imprensa, por isso a expectativa, podia tender para Shutix, por outro, no concurso homólogo em Espanha, o vencedor da última edição tinha sido um título em VR, sendo que o único português nessa categoria o VRock. Curiosamente, Rogério Ribeiro, da GS78, seria, provavelmente, um dos mais cépticos. Ricardo Flores da B5, mais tarde confessou-me que tinha sido ele a convencer Ribeiro a participar, porque ele, não estava confiante.

No final, a vitória coube a VRock, com um emocionado Ribeiro. Conheço bem a história da GS78 e de todas as aventuras e desventuras desde a sua fundação em 2013. Desde o lançamento do seu primeiro título (Hush) com duas campanhas de crowdfunding fracassadas, que a jovem empresa demonstrou ter um longo e árduo percurso oela frente. Ainda surgiram parcerias com a Ground Control, de onde surgiu Hyper Gods. Mas era pouco. Por isso é que esta vitória é tão importante para a GS78. Agora a empresa vai receber apoio na comunicação e logística vindas da Sony para que VRock se torne numa realidade.

Uma última palavra para a ETIC, que demonstrou durante o evento, através do seu curso de videojogos, dois dos títulos que são provenientes da sua parceira no programa PlayStation First, um dos quais desenvolvido por alunos (Mein Pantz), e outro, fruto duma parceira entre alunos e professores (Greedy Guns, da Tio Atum).

Para o ano há mais. E resta-me esperar que VRock se torne em mais um título português na PlayStation 4, fazendo assim companhia a Quest of Dungeons, da Upfall Studios, e brevemente, a Strikers Edge, da Fun Punch, assim como Syndrome, da Camel 101. Boa sorte GS78!

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