O último adeus a Guilherme Pinto, que quis transformar Matosinhos numa “cidade fantástica”

Várias personalidades do panorama cultural e político nacional estiveram presentes para prestar a última homenagem ao presidente de Matosinhos, durante a última década.

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Paulo Pimenta
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Foram muitos os que estiveram presentes na última homenagem feita a Guilherme Pinto, presidente de Matosinhos, que faleceu na madrugada de domingo passado de cancro. Centenas de matosinhenses e dezenas de figuras da área da cultura e da política, de diferentes cores partidárias, marcaram presença no velório, no salão nobre dos paços do concelho, de luto nesta segunda-feira e nos próximos dois dias, e seguiram para a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, onde se celebrou uma missa de corpo presente, presidida pelo bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos.   

“Sendo verdade que não voltaremos a ver o presidente Guilherme Pinto, que tão precocemente nos deixou, o paradoxo obriga a que continuemos a vê-lo todos os dias e em cada uma das obras do legado que nos deixa. Vê-lo-emos em cada curva de cada uma das ruas e estradas que ele quis construir e requalificar para que Matosinhos fosse cada vez mais 'uma cidade fantástica'”, assim começa o elogio fúnebre, lido pela presidente da assembleia municipal, Palmira dos Santos Macedo.

“Cidade fantástica”, palavras que foram usadas inúmeras vezes por Guilherme Pinto para descrever a obra que tinha em mente para a sua terra natal. Obra que, para muitas das figuras do panorama político que marcaram presença, transformou Matosinhos numa cidade diferente. Para o líder distrital do PS, Manuel Pizarro, essa diferença, para melhor, é explicada por considerar Guilherme Pinto um homem “muito culto e inspirador”, que nas reuniões do partido “trazia histórias de filmes e de livros que lia”. É assim que descreve aquele que diz ter sido uma personalidade que, apesar de “muitos problemas que lhe foram pondo ao longo da vida, nunca perdeu a alegria e a vontade de continuar o combate político”.  

Combatividade que é reconhecida pelo antigo líder da distrital socialista, Francisco Assis, que quando chegou ao PS, em 1985, uma das primeiras figuras que conheceu foi precisamente Guilherme Pinto, de quem diz ter-se tornado amigo desde essa altura. Afirma que Matosinhos ficou “a lucrar” com a obra que deixou, por ter sido “um grande presidente da câmara” que “podia ter ido muito mais além” na vida política nacional, mas “preferiu dedicar-se à sua terra”. 

Guilherme Pinto cumpria o terceiro mandato como presidente de Matosinhos, o último dos quais a que se candidatou como independente por não contar com o apoio do PS, do qual foi militante durante toda a sua vida política mas que nas autárquicas de 2013 optou por apoiar António Parada. O actual vereador, destaca a amizade pessoal que tinha pelo autarca matosinhense, com quem diz ter tido algumas divergências políticas, que “nunca se sobrepuseram à convergência pessoal”.

Algumas figuras do PSD também marcaram presença, como é o caso do Major Valentim Loureiro, do deputado da Assembleia da República, Marco António Costa ou de José Guilherme Aguiar, que se candidatou a Matosinhos, em 2009, pelos sociais-democratas, e recorda Guilherme Pinto como um homem de palavra, que “não guardava rancores”, com quem os compromissos podiam ser selados “com um aperto de mão”.

Na área da cultura, Carlos Tê, que escreveu algumas peças para o Teatro Constantino Nery, reaberto  na última década, afirma que Guilherme Pinto, “pôs Matosinhos no mapa cultural do Grande Porto”. Já Rui Reininho, que mora em Matosinhos, diz que o vai recordar sempre como “um vizinho generoso”.  António Reis, um dos fundadores da Seiva Trupe, que conheceu Guilherme Pinto há 12 anos, quando fez a apresentação da sua primeira candidatura, afirma que a sua morte deixará “uma grande vazio”, mas que “servirá da inspiração” para os sucessores.

No velório e no funeral, também estiveram presentes José Sócrates, os presidentes de alguns concelhos vizinhos, Rui Moreira, do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, de Gaia e Marco Martins de Gondomar. Narciso Miranda, antigo presidente de Matosinhos, a quem Guilherme Pinto sucedeu, e que foi seu adversário nas autárquicas de 2009, também marcou presença. 

 

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