Dois jogos da Taça com vídeo-árbitros

Encontros de Benfica e Vitória de Guimarães com adversários do terceiro escalão serão palco de testes.

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PAULO PIMENTA

Os jogos Real-Massamá-Benfica e Vitória de Guimarães-Vilafranquense, dos oitavos de final da Taça de Portugal, vão servir de testes offline de vídeo-árbitro, anunciou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Além do árbitro, dois assistentes e quarto árbitro, para estas duas partidas serão também nomeados um vídeo árbitro e um árbitro que ficará na bancada.

A FPF acrescenta que "a exemplo do que sucedeu na Supertaça, o facto de os testes serem offline significa que não existirá qualquer interferência do vídeo-árbitro no jogo". "Aliás, não existirá sequer comunicação entre o vídeo-árbitro e o árbitro que está em campo. Toda a comunicação será feita entre o juiz que vê as imagens e o árbitro que estará na bancada", explica o presidente do Conselho de Arbitragem, José Fontanelas Gomes, num comunicado publicado pela FPF.

O jogo entre o Real Massamá, equipa do Campeonato de Portugal e o Benfica está marcado para as 19h de 14 de dezembro, enquanto a recepção do Vitória de Guimarães ao Vilafranquense, também do terceiro escalão, realiza-se às 18h, dia 15.

A federação "decidiu acelerar o processo de testes de vídeo-árbitro” e “antecipar o que estava previsto”, porque “é preciso realizar o maior número de testes, treinar muito”, diz o mesmo responsável, sublinhando que o objectivo desta antecipação dos testes com vídeo-árbitro é “dar a melhor formação aos árbitros portugueses”.

A 16 de Novembro, o mesmo sistema foi usado no jogo entre a Itália e a Alemanha, que teve um árbitro português, Artur Soares Dias. A reacção do presidente da FIFA, Gianni Infantino, foi a de que “correu bem”. Seis dias depois, Infantino já defendia o vídeo-árbitro para o Mundial 2018.

Em Março, o International Board (IFAB), órgão que decide as alterações às regras, aprovou os testes de vídeo durante um período de dois anos. Portugal é um dos países que vai testar esta tecnologia, que permitirá à arbitragem uma forma de suportar as suas decisões com base em imagens. Pode ser usado em caso de dúvida nas decisões cruciais, como penáltis, golos, expulsões e má identificação de um jogador.

Na mais recente edição do Mundial, no Brasil, em 2014, a FIFA usou tecnologia para detectar se a bola ultrapassava ou não a linha de golo nas balizas. Na Liga dos Campeões, a última final também recorreu ao mesmo sistema. O International Board decidirá sobre a adopção do vídeo-árbitro entre o final de 2018 e início de 2019. 

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