Londres vai ter espaço voltado para emigrantes portugueses em 2017

Capital britânica também terá escola bilingue anglo-portuguesa financiada pelo Governo britânico.

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José Luís Carneiro diz que consulado londrino é dos que merece mais atenção na Europa rui farinha

Londres está no radar do Governo em matéria de apoio à comunidade lusa e isso vai ter expressão concreta: para o próximo ano está prevista a criação de um espaço do cidadão e em 2018 deverá abrir portas a primeira escola bilingue anglo-saxónica, anunciou ao PÚBLICO o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, que está a acompanhar a visita oficial do Presidente da República à capital britânica.

“Londres e Bruxelas são os consulados que estão a merecer mais atenção na Europa”, afirmou José Luís Carneiro, e por isso serão duas cidades onde se vão abrir os próximos espaços do cidadão, logo a seguir a São Paulo, no Brasil. Depois dos “resultados muito positivos” de Paris, que no Verão acolheu a primeira experiência-piloto destas lojas do cidadão viradas para os emigrantes, estão já identificados os três consulados com condições para replicar rapidamente a iniciativa.

A capital londrina vai também acolher a primeira escola bilingue anglo-portuguesa do Reino Unido, com instalações e um financiamento de dois milhões de euros cedidos pelo Governo britânico, cujo projecto já está aprovado e deverá abrir em 2018.

O diálogo com as comunidades está igualmente no roteiro da capital britânica. Depois de uma experiência bem-sucedida em Bruxelas, o modelo de reunião entre responsáveis políticos e membros da comunidade irá ser replicado noutras cidades, a começar por Londres. Aliás, foi já neste formato que, na quinta-feira, o Presidente da República esteve na embaixada a conversar com os dirigentes das comunidades, os eleitos locais e responsáveis empresariais.

“Queremos promover estes contactos com vários membros do Governo de diferentes áreas para que, olhos nos olhos, face a face, se possam conhecer os problemas dos portugueses no mundo e encontrar soluções ajustadas às possibilidades do país, mas também adequadas às suas necessidades”, afirma José Luís Carneiro.

Porque há outras realidades na vida dos portugueses pelo mundo, o secretário de Estado anunciou que está em vias de implementação o acto único do migrante português, que permitirá a quem está em trânsito, através de um registo online, obter um número que basta accionar para se identificar, onde quer que esteja. Este acto único será acompanhado de uma aplicação de telemóvel para dar apoio aos portugueses em mobilidade por todo o mundo.

“Se tudo correr bem esse programa estará pronto em Dezembro e lançaremos de seguida uma aplicação para podermos acompanhar os portugueses que estão em trânsito, pelas suas circunstâncias de vida ou em países que conheçam perturbações”, afirmou José Luís Carneiro.

Também para Dezembro está previsto o lançamento da plataforma de ensino de português à distância, no âmbito de uma parceria do Instituto Camões com a Porto Editora.

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