O concurso público para a concepção do Terminal Intermodal de Campanhã recebeu mais de 20 propostas, de acordo com a Câmara do Porto. Numa nota publicada na página da Internet do município, salienta-se o facto de o concurso ter sido “muito participado” e de o projecto “prometido em 2003 e nunca construído” estar, agora, a avançar.

Lançado a 2 de Agosto, o concurso viu o seu prazo ser prorrogado para 2 de Novembro, depois terem sido “prestados esclarecimentos adicionais às peças procedimentais”, explicava-se no anúncio publicado em Diário da República em meados de Outubro. O júri terá agora que analisar as propostas e classificá-las, estando previsto que apenas uma seja escolhida como vencedora, mas havendo prémios monetários para as três primeiras classificadas – respectivamente 12.500 euros (1.ª), 10 mil euros (2.ª) e 7500 euros (3.ª).

O município propõe-se construir a parte rodoviária do interface de Campanhã, assumindo os custos da operação, a troco do encerramento de uma série de processos judiciais que mantinha com o Estado, numa solução que foi inscrita no Acordo do Porto, entre a câmara e o Governo de Pedro Passos Coelho.

Aquando da apresentação do projecto ao executivo camarário, em Dezembro de 2015, apontava-se como custo da obra 6,8 milhões de euros. Depois de escolhida a proposta vencedora, deverá ser lançado um novo concurso, de construção, prevendo-se que o terminal esteja a funcionar em pleno em 2019.

Para que a câmara assuma a construção da obra, o Estado comprometeu-se a ceder-lhe os terrenos necessários para o efeito, através de uma subconcessão. A solução a que as partes chegaram indica que o município pode usar os terrenos sem custos para a construção do terminal, revertendo as obras para o Estado no final da concessão, fixada, inicialmente, em 50 anos.