Mais dois homens detidos por suspeita de atearem incêndios

Fogos não atingiram casas nem pessoas. Um dos detidos tem 72 anos, o outro estava altamente alcoolizado.

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A população ajudou no combate às chamas. Rui Farinha (Arquivo)

A Polícia Judiciária anunciou esta sexta-feira a detenção de mais duas pessoas suspeitas de atearem incêndios florestais. Um deles tem 72 anos e foi detido na sequência de um fogo florestal que deflagrou quinta-feira em Bemposta, no concelho de Mogadouro, distrito de Bragança.  O outro tem 40 anos e é suspeito de ter ateado um incêndio em Areias, Alvega, no concelho de Abrantes.

O fogo que deflagrou em Mogadouro consumiu cerca de um hectare de mato e de terrenos agrícolas incultos e colocou em perigo área florestal e propriedades cultivadas, que apenas não foram consumidas devido à rápida intervenção dos bombeiros, que foram apoiados por uma aeronave e pela população.

Segundo a Polícia Judiciária de Leiria, o homem suspeito de atear o incêndio em Abrantes, que deflagrou já na noite de terça-feira, actuou "movido por alegado incómodo decorrente da insistência de vizinhos para que procedesse à desmatação e limpeza de área florestal de que é proprietário, agindo com premeditação". Servente de pedreiro de profissão, encontrava-se na altura altamente alcoolizado: submetido ao teste, acusou 4 miligramas de álcool por litro de sangue.

A Polícia Judiciária, que contou com a colaboração da GNR, dá conta de que "a rápida detecção do foco de incêndio pela vizinhança, já alertada do antecedente, e a pronta intervenção de populares e bombeiros, evitou a sua propagação a área adjacente, urbana e florestal, com perigo para pessoas e bens patrimoniais alheios de valor elevado".

A PJ acrescenta ainda que já identificou e deteve este ano 58 pessoas por indícios de crime de incêndio florestais.