Mais de 30 mil pessoas querem Força Aérea a combater incêndios

Cidadãos mobilizam-se para serem dados meios a este ramo das Forças Armadas para intervir nos fogos florestais

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Ao final da tarde mais de 2000 operacionais combatiam 13 grandes fogos no continente e Madeira AFP/FRANCISCO LEONG

Mais de 30 mil pessoas já assinaram uma petição colocada na Internet que quer que a Força Aérea Portuguesa volte a ter como missão o combate aos incêndios.

Intitulado “Queremos a nossa Força Aérea Portuguesa novamente no combate aos incêndios!”, o abaixo-assinado tem como primeiro signatário Jorge Pereira e, por volta das 15h00 desta segunda-feira, reunia 30.839 assinaturas. No texto, o autor da petição diz que desde a adolescência que se questiona porque está a este ramo das Forças Armadas há tantos anos “arredado do combate directo aos incêndios florestais”.

Colocar a Força Aérea Portuguesa a combater os incêndios “não é nada do outro mundo”, diz o texto, pois as suas congéneres de Espanha, Grécia, Croácia e até mesmo de Marrocos "estão envolvidas directamente no combate aos incêndios há décadas, também com os famosos Canadair que os governos portugueses desde 1974 nunca ousaram comprar para a nossa Força Aérea”.

“Atendendo ao valor, sobretudo humano, que uma instituição como a Força Aérea Portuguesa dispõe manifesto por este meio o meu mais profundo desejo, como cidadão, que volte a combater directamente o flagelo dos incêndios que nos assola”, pode também ler-se no mesmo texto.

Por fim, o autor diz que um país com a nossa dimensão económica e geográfica “não pode nem deve dar-se ao luxo de não envolver de forma mais directa tão importante instituição ao serviço de Portugal”.

Contactado pelo PÚBLICO, Jorge Pereira, de 49 anos, desempregado sem área profissional especifica, diz ser um “cidadão independente, sem qualquer ligação a partidos políticos ou qualquer associação cívica” e “preocupado há muitos anos com o flagelo dos incêndios florestais em Portugal”.

O autor da petição acusa PS e PSD de “nada fazerem ao longo dos anos para resolver o problema” e de “só se preocuparem em trocar acusações sobre a responsabilidade” pela área ardida. “Tem de haver um compromisso de Estado entre todos e esse compromisso passa por colocar de novo a Força Aérea a combater os incêndios florestais”, acrescenta Jorge Pereira, que quer a petição discutida na Assembleia da República.

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