Não é fácil a vida de futebolista nas Fiji

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O jogo inglório com a Alemanha REUTERS/Mariana Bazo

O râguebi sevens no Brasil é como o futebol nas Fiji. Existe, mas ninguém dá muito por ele. Estão ambos representados nos Jogos Olímpicos e exactamente com os mesmos resultados. O sevens brasileiro perdeu todos os seus jogos e acabou em 12.º (e último) do torneio olímpico, e a selecção fijiana de futebol não só perdeu, como foi goleada em todos os encontros, 0-8 com a Coreia do Sul, 1-5 com o México e 0-10 com a Alemanha (adversário de Portugal nos quartos-de-final).

Todos os anónimos futebolistas das Fiji estavam em Deodoro para ver os seus bem mais famosos compatriotas, provavelmente num misto de orgulho nacional e uma pequena inveja interior, de bandeirinhas azuis claras na mão, a gritar e a aproveitar as últimas horas no Rio de Janeiro. Se havia alguém que podia ser considerado a “estrela” da equipa era Roy Krishna, um avançado que joga na Nova Zelândia e que marcou o único golo dos fijianos no torneio – frente ao México –, e que o PÚBLICO identificou com a ajuda de um famoso comentador neozelandês de râguebi.

É difícil ser jogador de futebol nas Fiji, 187.º no ranking FIFA? “É uma opção. Nós também tivemos o nosso mérito ao conseguirmos a qualificação para os Jogos Olímpicos. Nas Fiji, o râguebi é tudo. Não digo que é difícil, mas é uma escolha. Talvez aqui a dez anos, consigamos lá chegar”, diz o avançado de 28 anos que também é a “estrela” do seu clube, os Wellington Phoenix.

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Apesar das três goleadas, Krishna diz que cumpriu um sonho e que os rapazes das Fiji se portaram bem: “Foi um sonho vir aqui e fazer história pelo meu país, o primeiro fijiano a marcar um golo nos Jogos Olímpicos. Apanhámos um grupo muito difícil, mas estou orgulhoso dos rapazes e foi uma bela experiência e uma grande atmosfera.”

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