Mais de 600 polícias e guardas vão ser transferidos para tarefas operacionais

Grande parte destes elementos das forças de segurança estão actualmente em funções em refeitórios e messes da GNR e da PSP

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Transferência para missões operacionais decorrerá na maior parte em 2017 RITA CHANTRE

O Ministério da Administração Interna (MAI) vai libertar de trabalho burocrático 612 elementos das forças de segurança, afectando-os a tarefas operacionais, segundo indicou à Lusa fonte do MAI.

Dos 612 elementos das forças de segurança que deixam de estar afectados a tarefas burocráticas, e passam a exercer funções operacionais, 50 passarão para novos serviços, ainda este ano, enquanto os restantes 562 só ficarão adstritos a novas funções em 2017.

Só dos refeitórios e messes da GNR e da PSP, o MAI vai libertar, em 2017, 532 elementos das forças de segurança (337 militares da Guarda Nacional Republicana e 195 elementos da Polícia de Segurança Pública), que representam um custo anual de 12.037.891,76 euros.

Os dados a que a Lusa teve acesso nesta quarta-feira resultam de um levantamento efectuado pelo MAI, nos últimos meses, que visava determinar a possibilidade de desafectar elementos das forças de segurança de funções burocráticas, alocando-os a tarefas operacionais, objectivo principal das forças de segurança, referiu a mesma fonte.

"O que é importante é que as forças de segurança cumpram o seu objectivo primordial, que é zelar pela segurança de pessoas e bens e não o cumprimento de tarefas burocráticas", indicou.

Os dados do levantamento realizado pelo MAI são conhecidos no mesmo dia em que o Correio da Manhã noticiou que o ministro das Finanças só autoriza a entrada de 300 novos polícias para formação, e não de 800, como o Governo chefiado por António Costa já prometera.

A formação de novos polícias é um processo que remonta a 2014 e que, segundo aquele jornal, fica agora comprometido pela decisão do ministro das Finanças, Mário Centeno, no início deste mês, devido a "constrangimentos orçamentais".

 

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