Real Madrid com muitas baixas mas favorito na Supertaça europeia

"Merengues" não contam com Cristiano Ronaldo, Pepe, Bale e Kroos mas Zidane tem um plantel vasto. No Sevilha houve várias mudanças mas a partida é encarada com ambição.

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Zidane vai ter algumas ausências para gerir no plantel do Real Madrid DON EMMERT/AFP

Real Madrid, vencedor da Liga dos Campeões, e Sevilha, que ganhou a Liga Europa pelo terceiro ano consecutivo, defrontam-se esta terça-feira na Supertaça europeia (19h45, RTP1), o primeiro jogo oficial da época para ambas as equipas. O Sevilha marcou presença nas últimas duas edições e perdeu ambas frente aos “grandes” de Espanha: em 2014 frente ao Real Madrid (0-2) e em 2015 contra o Barcelona (4-5 após prolongamento). A única vez que o clube da Andaluzia venceu a competição foi em 2006, com um 3-0 ao Barça de Deco, Messi e Ronaldinho. Já os "merengues", com um palmarés riquíssimo, têm apenas duas Supertaças conquistadas: em 2002 contra o Feyenoord (3-1) e a tal vitória de há dois anos frente ao Sevilha.

Este ano os clubes chegam à partida em situação diferente: o Real Madrid jogará em Trondheim muito desfalcado, desde logo sem a sua figura maior, Cristiano Ronaldo, que, tal como Pepe, ainda goza férias depois do Europeu. Depois, também não jogam outras peças fulcrais como Toni Kroos e Gareth Bale, que ainda só fizeram três treinos. “Não me preocupa. Jogaram o Europeu e tiveram as suas férias, como os jogadores devem ter sempre depois de uma temporada dura. Gostava de ter todos aqui mas prefiro que Bale e Kroos trabalhem em Madrid. Acabaram de chegar. Cristiano e Pepe só chegam no dia 10. Os restantes estão aqui e, por isso, não estou preocupado. Estou é contente por isto começar”, disse Zinedine Zidane em conferência de imprensa.

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Do outro lado estará um Sevilha na máxima força dentro de um cenário de várias mudanças. Da época passada para a actual saíram do clube jogadores como Éver Banega para o Inter de Milão, Krychowiak para o PSG ou Kevin Gameiro para o Atlético de Madrid. No próprio comando técnico há uma novidade, o argentino Jorge Sampaoli, que, depois de quatro anos como seleccionador do Chile, aceitou substituir Unay Emery nos andaluzes. “Não creio que as baixas diminuam a capacidade do Real Madrid. São jogadores importantes [os ausentes] mas eles têm um grande plantel para os substituir”, disse, por sua vez, o novo técnico do Sevilha.

Numa final fala-se sempre de favoritos e esta não é excepção. Na antevisão, nenhum dos intervenientes quis assumir essa condição. “Não somos favoritos. Os dois queremos ganhar e o que me preocupa é se estamos ou não preparados. E estamos”, assegurou Zidane. “O Real Madrid é sempre favorito mas não viemos ver a vista. Queremos ganhar e ser protagonistas”, disse o médio Vicente Iborra.

Quanto aos “onzes”, Varane será o substituto de Pepe no centro da defesa e Isco e James deverão render Kroos e Bale, com o espanhol no meio-campo e o colombiano na ala (mas também pode ser ao contrário). No centro do ataque começa a ganhar força a possibilidade de Morata, de regresso a Madrid, ser o avançado titular. “Não vamos arriscar nada”, disse Zidane sobre Benzema, que apresentou problemas físicos durante a pré-época. Uma coisa é certa: será um “onze” sem reforços, pelo facto de o Real, além de ter feito regressar Morata, ainda não ter contratado ninguém. Do lado do Sevilha, há a possibilidade de jogarem três novos jogadores: os argentinos Kranevitter e Vietto, ambos emprestados pelo Atlético de Madrid, e o italo-argentino Franco Vázquez, recrutado ao Palermo.

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