Golo com o braço afasta Brasil da Copa América
Peru venceu por 1-0 e segue em frente, tal como o Equador.
Um golo com o braço do suplente Raúl Ruidíaz, aos 75 minutos, afastou no domingo o Brasil da Copa América do Centenário em futebol e colocou o Peru, vencedor por 1-0, nos quartos-de-final.
Com este resultado, o Brasil cai na fase de grupos da competição pela primeira vez desde 1987.
Necessitado apenas de empatar para seguir em frente, o “onze” de Carlos Dunga, que deixou Jonas no banco, foi derrotado por um golo irregular, uma mão não detectada pelo árbitro uruguaio Andres Cunha e seus assistentes.
Em Foxborough, os jogadores brasileiros protestaram muito, nomeadamente o guarda-redes Alisson, mas, depois de quase quatro minutos de hesitações e trocas de palavras entre árbitro e assistentes, o golo foi mesmo validado.
O Brasil pode queixar-se pela forma como foi eliminado, mas o árbitro também lhe perdoou uma grande penalidade e foram muitos os seus erros próprios, sobretudo o ‘zero’ na finalização, apesar de várias oportunidades criadas.
“Tivemos oportunidades, mas a bola não quis entrar, é futebol. Não marcámos e pagámos por isso. O golo do Peru? A gente viu que a bola bateu na mão, mas não vale a pena falar disso. Os quatro árbitros falaram entre eles e disseram que nenhum viu mão”, lamentou Mirada, o “capitão” brasileiro.
O Brasil teve, de facto várias ocasiões, nomeadamente na primeira parte, mas o guarda-redes Gallese deteve os remates de Filipe Luis (12 minutos) e Gabriel (26’ e 41’) e, pelo meio, Willian atirou por cima, em excelente posição (36’).
Quase em cima do intervalo, aos 44 minutos, o Peru, que pouco fez ofensivamente na primeira metade, deveria ter beneficiado de uma penálti, por falta de Renato Augusto sobre Édison Flores. O árbitro mandou jogar.
Para a segunda parte, o Peru, obrigado a vencer, trouxe uma postura mais ofensiva e depois de uma primeira ameaça, num livre de Cueva, chegou ao golo aos 75 minutos: Guerrero combinou na direita com Andy Polo, que centrou para o remate do suplente Raúl Ruidíaz... com o braço direito.
Depois de vários minutos de discussões entre os árbitros, o golo foi validado e, até final, o Brasil pressionou, mas teve apenas uma ocasião, desperdiçada, aos 90+3 minutos, pelo ex-‘leão’ Elias, que falhou o remate na “cara” de Gallese.
O Peru aguentou-se e está nos “quartos-de-final – nos quais vai defrontar a Colômbia –, juntando-se ao Equador, que, no primeiro jogo do dia, garantira uma lugar nos “quartos” ao golear o Haiti por 4-0.
No MetLife Stadium, em New Jersey, os equatorianos precisavam de vencer por um mínimo de dois golos de diferença e ganharam por quatro, num embate em que se destacou Enner Valencia, com um golo e duas assistências.
O avançado dos ingleses do West Ham inaugurou o marcador, aos 11 minutos, isolado por Christian Noboa, e, depois, em vez de voltar a marcar, ofereceu golos de baliza aberta a Jaime Ayovi, aos 20, e Jose Antonio Valencia, aos 78.
Aos 57 minutos, Noboa parou no peito um cruzamento da esquerda de Jefferson Montero e marcou de pé direito o terceiro remate certeiro do Equador, que tinha empatado os dois primeiros jogos (0-0 com o Brasil e 2-2 com o Peru).
O conjunto equatoriano vai defrontar os anfitriões Estados Unidos nos quartos-de-final, enquanto o Haiti, que se estreou na Copa América, despede-se com três derrotas em outros tantos jogos, um golo e 12 sofridos.