Impasse nas negociações para condenar sanções por défice excessivo
No Parlamento, esquerda e direita não chegaram a acordo a duas horas da votação das iniciativas que rejeitam eventuais penalizações aplicadas por Bruxelas a Portugal.
As bancadas da esquerda e da direita estão ainda num impasse nas conversações para chegar a um texto comum que condene eventuais sanções a aplicar a Portugal por défice excessivo. Desde ontem que decorrem negociações, mas ainda não há um entendimento a duas horas das votações.
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As bancadas da esquerda e da direita estão ainda num impasse nas conversações para chegar a um texto comum que condene eventuais sanções a aplicar a Portugal por défice excessivo. Desde ontem que decorrem negociações, mas ainda não há um entendimento a duas horas das votações.
O PS, BE, PCP e PEV entregaram um voto de condenação às sanções, enquanto o PSD e CDS apresentaram, em conjunto, um projecto de resolução no mesmo sentido. Depois de o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, ter apelado a que as bancadas chegassem a um texto único, ainda não foi possível esse consenso. O objectivo era que todos os partidos pudessem aprovar um texto de condenação para dar um sinal a Bruxelas, a semanas da decisão das instâncias europeias.
Até ontem à noite, as negociações tinham esbarrado numa frase que o PSD pretendia acrescentar no texto do PS e que se referia ao esforço do anterior Governo para atingir o défice de 3%. Isso inviabiliza um acordo, já que a esquerda, designadamente o PCP, não aceitaria qualquer referência elogiosa à coligação PSD/CDS sem acrescentar outras críticas aos resultados dessa governação.
Sobre este mesmo assunto, o Expresso está a avançar que "os 27 embaixadores dos Estados-membros acreditados em Portugal vão ter uma reunião com os ministros Augusto Santos Silva e Mário Centeno".