Simplificar a vida dos condutores lisboetas é o principal objectivo da aplicação para smartphones que a EMEL desenvolveu. A inovação consiste em poder-se controlar o estacionamento através do telemóvel, sem ser necessário o automobilista dirigir-se ao parquímetro mais próximo para renovar o período de estacionamento permitido em zonas pagas.

A ePARK permitirá a quem quiser estacionar em Lisboa diversas outras facilidades ao nível dos pagamentos. A aplicação dará acesso directo à geolocalização da viatura, permitindo operações como o envio de alertas para o final do tempo de estacionamento, o prolongamento do período autorizado e até mesmo terminá-lo.

O pagamento será feito por carregamentos via multibanco. Natal Marques, presidente da EMEL, disse ao PÚBLICO que a empresa está ainda a tentar concretizar a possibilidade de pagamento por PayPal. Uma das novidades introduzidas é também poder-se pagar o estacionamento de mais do que uma viatura em simultâneo.     

O presidente da empresa defende que numa cidade onde diariamente entram 350.000 carros que saem ao fim do dia é importante que os condutores possam pagar o estacionamento de uma forma simples. "Sem estarem, por exemplo, numa reunião e terem de se ausentar para ir até ao parquímetro", exemplifica, acrescentando que "a aplicação permitirá que todo o processo de estacionamento possa ser gerido no telemóvel”.

Esta aplicação teve já uma versão preliminar, lançada em 2014. Contudo, segundo o Gabinete de Comunicação e Imagem da EMEL, funcionava muito mal - sendo a sua grande lacuna a falta da geolocalização - e tinha poucos utilizadores, razão pela qual a empresa decidiu aperfeiçoar a app, dotando-a de novas funcionalidades, que foram testadas por cerca de 300 pessoas.

A partir do momento em que a app esteja disponível para download, o estacionamento em qualquer parque pago controlado pela EMEL poderá ser feito via telemóvel, o que facilitará a vida a perto de 100.000 utilizadores. Numa cidade com cerca de 1500 parquímetros, a EMEL não equaciona para já a hipótese de retirar alguns destes equipamentos, uma vez que o pagamento com moedas continuará a ser habitual.

Segundo a EMEL, os utilizadores da antiga versão da aplicação, que ainda continua em funcionamento, foram convidados a migrar para o novo formato da ePARK, e já quase todos o fizeram. Para quem tentar o download, a partir desta terça-feira, apenas estará disponível o novo formato. Contudo, alguns dos utilizadores da primeira ePARK alegam que não foram notificados para a mudança.

Natal Marques afirma que a construção desta aplicação foi feita em colaboração com muitos utilizadores, que foram comunicando sugestões para o seu melhoramento, e assegura que se trata de  “uma aplicação muito bem concebida”. No entanto, apela a que os condutores transmitam o seu feedback à empresa, por forma a que a aplicação se possa ainda tornar melhor.

Texto editado por José António Cerejo