Câmaras da Moita e do Barreiro contestam transportadora privada

TST querem impedir em tribunal que os Transporte Colectivos do Barreiro alarguem os seus serviços ao concelho da Moita.Câmaras esperam ganhar a causa.

As Câmaras do Barreiro e da Moita garantiram esta terça-feira que vão manter a intenção de alargar os Transportes Colectivos do Barreiro (TCB) ao concelho da Moita, e já contestaram a providência cautelar interposta pelos Transportes Sul do Tejo (TST).

"Mantemos a intenção de prestar o serviço, ao abrigo do novo regime jurídico dos transportes. Já contestámos a providência cautelar que vai agora ser avaliada pelo tribunal. Acreditamos que temos todo o cimento jurídico para suportar a nossa intenção", disse Rui Lopo, vereador da Câmara do Barreiro com responsabilidades nos TCB.

As duas autarquias realizaram  uma conferência de imprensa conjunta, na sede dos TCB, para fazerem um ponto de situação do processo. A Transportes Colectivos do Barreiro é uma municipal da Câmara do Barreiro que efetua carreiras rodoviárias em todo o concelho. As duas autarquias assinaram um protocolo que prevê que os TCB possam efectuar carreiras em zonas do concelho vizinho da Moita, passando a servir a Baixa da Banheira, a zona central de Alhos Vedros e o Vale da Amoreira.

A empresa Transportes Sul do Tejo (TST) avançou com uma providência cautelar para travar o alargamento do serviço dos TCB, alegando que se trata de uma "situação ilegal" e que os seus "legítimos interesses são gravemente afectados".

Miguel Canudo, vereador da Câmara da Moita, garantiu que as autarquias não vão recuar na sua intenção, referindo que estão a trabalhar no processo e a estudar já a colocação das novas paragens. O presidente da mesma autarquia, Rui Garcia (PCP), referiu que a providência cautelar vem atrasar a entrada em funcionamento das carreiras no concelho da Moita, que estava prevista para este mês de Dezembro.

"Fomos forçados a este não cumprimento do calendário previsto, mas assim que for ultrapassado este obstáculo mantemos a intenção de pôr o serviço a funcionar. A TST invoca razões de interesse próprio, de defesa do seu negócio, mas nós não estamos nesse ramo, nós defendemos o interesse das populações", afirmou. "Estamos convencidos que os TST vão perder. Assim que a questão da providência cautelar estiver resolvida vamos iniciar o serviço", disse, por seu lado, Carlos Humberto (PCP), presidente da Câmara do Barreiro.

"Os serviços dos TST são necessários mas não são suficientes, não se trata de substituir mas sim de aumentar. Os TST estão mais interessados nos serviços interurbanos e os TCB nos urbanos. Este núcleo urbano é contiguo com o Barreiro e estava limitado por uma barreira artificial e queremos derrubar esse muro", disse Rui Garcia.

Carlos Humberto referiu ainda que os TCB têm sido solicitados para fazer outros serviços "à volta do concelho", mas recusou adiantar mais pormenores.

 

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