CDS/PP-M desafia PSD a explicar porque quer deixar de comemorar 25 de Novembro

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Alberto João sempre festejou e o CDS-M não compreende a mudança Daniel Rocha

O líder parlamentar do CDS/PP-M desafiou nesta segunda-feira a maioria do PSD na Madeira a explicar porque quer deixar, depois de duas décadas, de comemorar o 25 de Novembro na Assembleia Legislativa desta região.

“O PSD [Madeira] mudou e o CDS desafia [aquele partido] a dizer às populações porque o 25 de Novembro deixará de ser comemorado como data solene na Assembleia Legislativa da Madeira”, disse o responsável centrista madeirense, António Lopes da Fonseca, em conferência de imprensa, no Funchal.

No plenário do Parlamento madeirense que se realizou a 18 de Novembro, a maioria do PSD/M rejeitou uma iniciativa para comemorar esta data com uma sessão solene, o que contraria a postura adoptada durante muitos anos sob a liderança de Alberto João Jardim, que sempre optou por assinalar o 25 de Novembro em detrimento do 25 de Abril.

António Lopes da Fonseca salientou que existe uma resolução aprovada há 19 anos e nunca revogada, que determina a celebração desta data, pelo que o “CDS desafia o PSD a comemorar o 25 de Novembro com uma sessão solene”.

“Não entendemos esta postura. Não basta dizer que mudou, é preciso dizer a razão”, insistiu, acrescentando: “O CDS não entende como o PSD recusou um requerimento para se comemorar o 25 de Abril [na Assembleia Legislativa da Madeira]”.

O responsável da bancada centrista no parlamento insular realçou ainda que “este ano se comemoram os 40 anos do 25 Novembro, que é uma data histórica para Madeira”, argumentando que “foi o 25 de novembro que permitiu que os Açores e a Madeira tivessem o processo democrático consolidado através da autonomia”.

Lopes da Fonseca sustentou que “se não fosse o 25 de Novembro, o 25 de Abril teria desembocado numa ditadura comunista que não teria permitido o processo autonómico quer na Madeira, quer nos Açores”.

Por isso, o líder parlamentar do CDS/PP-M defendeu que esta data histórica deve continuar a ser comemorada no parlamento madeirense com uma sessão solene.

“Não venha agora o PSD passar uma esponja sobre um passado de quase 40 anos e por em causa uma data que consolidou o processo da autonomia na Região Autónoma da Madeira”, disse.

Durante muitos anos, o facto do PSD/M recusar comemorar o 25 de Abril com uma sessão solene no parlamento da região, optando por celebrar do 25 de Novembro foi um dos temas políticos que gerou polémica no arquipélago.             

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