“Ink mapping”: quando as tatuagens ganham vida

Eles já falaram sobre o mar e contaram a história de Ulisses e Ofiússa nas paredes do Terreiro do Paço, em Lisboa, morada onde também já perderam um coração. Mudaram a face de David Guetta e inventaram 1001 personagens para ilustrar um "smartphone" da Samsung. Agora, o colectivo Oskar & Gaspar desenvolveu um novo conceito para a Desperados: o "ink mapping". Trata-se, segundo dizem, do primeiro "video mapping" do mundo em tatuagens. No vídeo, que no YouTube já soma 20 mil visitas e no Vimeo está nas escolhas do "staff", vemos símbolos tribais a serpentear o corpo, mandalas a girar cheios de luz, "tsurus" a ganhar asas e voar. Sobressalta o pendor orgânico do trabalho, característica imagem de marca do colectivo. Dizia em 2012 Guillaume de Oliveira, gestor do projecto, ao P3: "Gostamos de puxar pela inteligência do público, apelamos ao crescimento cultural de cada um. Não passamos seis horas a projectar bolinhas ou manchas de cor. Usamos elementos vivos, encaixamos pessoas, colocamos um sorriso no meio do set e um sorriso na plateia. Não é só bonito. Não é redutor. Podemos derreter uma parede ou transformar uma medusa num pássaro. Tudo depende da interpretação de cada um. É vistoso, mas não é só para encher o olho." Lá está.