Obras no Inatel do Porto já podem avançar

Tribunal de Contas aprovou contrato entre a Câmara do Porto e a instituição.

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Rui Moreira faz balanço do seu mandato na internet Adriano Miranda

O Tribunal de Contas já aprovou o contrato entre a Câmara do Porto e o Inatel, que determina que o complexo desportivo que este detém na cidade será gerido pelo município. As obras necessárias à reabilitação do espaço vão, por isso, avançar.

O anúncio foi feito pelo presidente Rui Moreira numa declaração de balanço de dois anos de mandato que fez ao órgão de publicitação autárquico, e que deverá estar disponível estar quinta-feira na página da internet da autarquia. Nessa longa declaração o autarca salienta o facto de ter sido possível, nos dois últimos anos, “fechar algumas trincheiras” e “a coesão invulgar” que os eleitos do seu movimento conseguiram alcançar com o PS. “Há uma coesão invulgar numa maioria que se formou, com uma força política que perdeu as eleições – o partido socialista – mas com quem conseguimos montar uma estratégia de cidade que tem trazido frutos”, disse.

Rui Moreira destaca os investimentos em habitação social, nas escolas ou a actividade cultural, mas também reconhece que processos como os concursos públicos para a concessão do Pavilhão Rosa Mota “não correram” como esperava e reconhece que há “enormes problemas de mobilidade” para resolver.

O presidente da Câmara do Porto chega a meio do mandato com alguns elogios da oposição do PSD e da CDU – o social-democrata Amorim Pereira disse ao órgão autárquico que, apesar e algumas críticas, o balanço é “globalmente positivo” e que a “coroa de glória” é a cultura, enquanto o comunista Pedro Carvalho destacou o “desanuviamento” que se vive na cidade, lamentando a “ausência de ruptura” com algumas política de Rui Rio – mas debaixo de acusações de autarcas do Norte do país, que não gostaram de o ouvir criticar a estratégia de promoção turística seguida pela entidade regional Turismo Porto e Norte de Portugal, e que Moreira classificou de “bucólica”, recusando o interesse do Porto em ser vendido “pelo fumeiro e o galo de Barcelos”.

Depois dos autarcas de Barcelos e de Vinhais terem acusado Moreira de “pedantismo atroz” e “parolice”, a Câmara do Porto emitiu um comunicado, classificando as críticas como “normais, por os autarcas conhecerem apenas “uma parte” das declarações “e não o todo e o seu contexto”.

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