O Santo André está há 14 anos a prestar homenagem à pesca do bacalhau

Foto
O arrastão Santo André foi construído no pós-guerra, na Holanda Adriano Miranda

Ao contrário do que aconteceu com outros seus congéneres, conseguiu escapar ao mais que certo cenário de abate – nos anos 1980, Portugal perdeu muitos dos seus navios de pesca longínqua –, ressuscitando para uma nova vida. Foi em 2001, faz este domingo, exactamente, 14 anos, que o antigo arrastão Santo André passou a assumir as funções de navio-museu dando a conhecer a todos os que sobem a bordo as histórias e tradições da pesca do bacalhau.

Para comemorar este aniversário, o antigo arrastão, que constitui um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), tem agendadas duas sessões da visita encenada Em Breve nos Abraçaremos, conduzidas pelo encenador Graemme Pulleyn.

Nestas iniciativas, que irão decorrer domingo, às 15h e 17h, o Navio-Museu Santo André “recebe a visita de um antigo tripulante muito especial, que vai surpreender o público mais curioso”, promete o organismo, em comunicado. “Quem aceitar o desafio e embarcar nesta viagem irá ouvir magníficas histórias sobre as pescarias do bacalhau nos mares da Terra Nova e da Gronelândia e conhecer os seus principais protagonistas”, acrescenta o MMI na mesma nota.

Será uma visita que percorre, da proa à ré, um dos mais emblemáticos navios bacalhoeiros da frota portuguesa – o Santo André, com 71,40 metros e porão para 20 mil quintais de peixe, foi construído em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Esta visita encenada teve já uma primeira edição, no ano passado, por ocasião do Festival do Bacalhau 2014. E, “teve tanto sucesso que será, agora, reposta”, destacam os responsáveis do MMI. 

A lotação é limitada e os bilhetes (gratuitos) podem ser levantados no Museu Marítimo de Ílhavo ou no próprio Navio-Museu Santo André – que está atracado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré. No âmbito deste 14.º aniversário, este pólo do MMI, vai proporcionar visitas gratuitas, das 14h às 18h de domingo.

Sugerir correcção
Comentar