A taça e a tripla são do Barcelona

Os catalães derrotaram a Juventus na final da Liga dos Campeões e sucederam ao Real Madrid. Foi o quinto título de campeão continental do clube, o quarto de Xavi, Iniesta, Messi e Piqué.

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O Barcelona fez a festa Dylan Martinez/Reuters

O curriculum do Barcelona acabou de ficar ainda maior. O clube espanhol juntou-se a Real Madrid, Ajax, Bayern Munique, Milan e Liverpool no lote de clube com direito a terem a taça da Liga dos Campeões permanentemente, depois de se ter sagrado campeão europeu com o triunfo por 3-1 na final sobre a Juventus, em Berlim. A UEFA atribui o troféu — uma réplica com o mesmo tamanho do original — às equipas que vencem a prova cinco vezes ou três seguidas. Depois dos sucessos em 1992, 2006, 2009 e 2011, o Barça chegou agora ao penta.

O conjunto catalão começou o jogo praticamente a ganhar, através de Ivan Rakitic. A Juve reagiu na segunda metade e conseguiu o empate por Álvaro Morata, mas Luis Suárez voltou a colocar os blaugrana na frente antes de Neymar, na última jogada do encontro e com o adversário lançado na frente à procura da salvação, colocar o ponto final no jogo.

Apesar da boa resposta do campeão italiano durante a segunda parte, foi justo o triunfo do Barcelona, que garantiu a tripla de títulos (campeonato, taça nacional e Liga dos Campeões) que a Juventus também perseguia. Luis Enrique, na sua primeira época no banco do clube, comandou-o até mais um recorde: é o primeiro a ganhar a tripla duas vezes.

O quarto sucesso do Barça nas dez últimas edições da prova começou a desenhar-se logo aos 4’. Neymar encontrou Iniesta, Iniesta encontrou Rakitic e o croata não falhou. Os italianos nunca desistiram (Vidal atirou por cima e Morata ao lado), mas para manter a desvantagem mínima precisaram de Buffon, que realizou defesas decisivas a remates de Dani Alves (13’) e Suárez (40’ e 49’).

O aumento da pressão da Vecchia Signora deu frutos aos 55’. Marchisio serviu Tévez, o remate deste foi defendido com dificuldade por Ter Stegen e Morata, o único espanhol a marcar um golo neste sábado, não falhou a recarga.

Era o momento da Juve no jogo, mas rapidamente a qualidade do adversário voltou a mudar a balança. O campeão espanhol pode não ter precisado de Messi para inaugurar o marcador, mas o argentino foi determinante no segundo golo da equipa. Conduziu a bola, disparou o remate, Buffon travou-o a custo e Suárez aproveitou as sobras (68’). Pouco depois, Neymar, que tocou inadvertidamente com a mão na bola, teve um golo anulado.

A um minuto dos 90’, os adeptos da Juve no Estádio Olímpico ainda saltaram das cadeiras, mas Ter Stegen defendeu a tentativa de fora da área de Marchisio. O jogo acabou com o golo de Neymar (90’+7’), assistido por Pedro num lance de contra-ataque que respondeu à última tentativa da Juve, incapaz de evitar a sexta derrota em oito finais da maior competição continental de clubes.

Xavi (que sai de cena na Europa com 767 jogos pelo Barça e o recorde de 151 jogos na Champions), Iniesta, Messi e Piqué (um deles pelo Manchester United) conseguiram o quarto título continental, menos um do que Seedorf, Di Stéfano, Paolo Maldini e Zárraga e menos dois do que o recordista Francisco Gento.

No sentido inverso, Evra, campeão europeu em 2007-08, tornou-se o primeiro a perder a final por três clubes diferentes (os outros são o Mónaco e o Man. United), segundo a empresa de estatísticas Infostrada.

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