Lucro da EDP sobe 1% para 297 milhões no primeiro trimestre

Primeiros meses do ano ficaram marcados por seca no Brasil e menos chuva na Península Ibérica, o que afectou a produção hídrica, diz a empresa.

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Impostos sobre a geração em Portugal e Espanha pesaram 27 milhões de euros nas contas Filipe Arruda

De acordo com os dados enviados pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 1%, para 1,017 mil milhões de euros. Uma evolução que a EDP explica com o agravamento da seca no Brasil e com o facto de os três primeiros meses de 2015 terem sido mais secos do que a média histórica na Península Ibérica (em contrapartida, no mesmo período do ano passado, os níveis de chuva e vento tinham sido muito fortes).

O EBITDA na Península Ibérica recuou 7% para 570 milhões de euros. Além da menor contribuição da produção hídrica para os resultados, a empresa destaca o impacto negativo dos impostos sobre a geração, que pesaram 27 milhões de euros nas contas. O trimestre também ficou marcado pela venda de activos de gás natural em Múrcia, que gerou um ganho de 78 milhões de euros.

No Brasil, o resultado operacional bruto fixou-se em 129 milhões de euros, traduzindo uma melhoria de 2%. A empresa explica que o crescimento foi impulsionado por maiores receitas da actividade de distribuição, graças ao facto de as tarifas reguladas terem subido recentemente, o que ajudou a compensar as quebras nos negócios da geração e comercialização de electricidade.

O EBITDA da EDP Renováveis (que apresentou resultados na quarta-feira), subiu 10%, para 319 milhões de euros, graças à valorização do euro e aos preços de venda mais elevados, que permitiram compensar a menor produção registada no início do ano.

O investimento do grupo liderado por António Mexia totalizou 377 milhões de euros entre Janeiro e Março, dos quais 362 milhões de euros dizem respeito a projectos de expansão em nova capacidade hídrica e eólica, refere a EDP no comunicado enviado à CMVM. A dívida líquida diminuiu em 263 milhões de euros e estava nos 16,8 mil milhões de euros no final de Março.

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