Protesto contra atraso nos salários junta mais de 100 professores em Lisboa

Mais de cem professores e directores de escolas artísticas concentraram-se esta quinta-feira em frente à sede da Comissão Europeia em Lisboa para exigir o pagamento atempado das verbas devidas a estes estabelecimentos de ensino.

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Daniel Rocha

Em Fevereiro, professores, alunos e directores das escolas realizaram uma primeira manifestação nacional, exigindo a regularização dos pagamentos, mas passados dois meses sentiram necessidade de voltar a protestar, na rua, na esperança que a situação seja resolvida. "Para nós os salários em atraso já são uma situação normal. Esta é a nossa normalidade há quatro anos. A única certeza que temos é que nunca recebemos os ordenados a tempo e horas", disse à Lusa Augusto Lino, da direcção do Conservatório das Caldas da Rainha e professor no Conservatório da Figueira da Foz. Segundo este professor, a insegurança quanto aos pagamentos é vivida mensalmente por cerca de três mil pessoas que trabalham nas 69 escolas de ensino artístico especializado que dependem de verbas comunitárias.

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Em Fevereiro, professores, alunos e directores das escolas realizaram uma primeira manifestação nacional, exigindo a regularização dos pagamentos, mas passados dois meses sentiram necessidade de voltar a protestar, na rua, na esperança que a situação seja resolvida. "Para nós os salários em atraso já são uma situação normal. Esta é a nossa normalidade há quatro anos. A única certeza que temos é que nunca recebemos os ordenados a tempo e horas", disse à Lusa Augusto Lino, da direcção do Conservatório das Caldas da Rainha e professor no Conservatório da Figueira da Foz. Segundo este professor, a insegurança quanto aos pagamentos é vivida mensalmente por cerca de três mil pessoas que trabalham nas 69 escolas de ensino artístico especializado que dependem de verbas comunitárias.

Na manifestação desta quinta-feira, estão presentes partidos políticos e representantes de sindicatos, mas Augusto Lino salientou que a acção de hoje não tem "qualquer tipo de conotação política". "O problema aqui não é político, é básico, é de ter um salário ao final do mês", acrescentou.
Os professores exigem alterações ao modelo de financiamento que garantam maior estabilidade.

O Ministério da Educação informou na semana passada que as transferências financeiras já tinham sido feitas. Porém, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) insiste que é preciso assegurar os salários sem recurso a programas europeus. "Problema com dimensão crescente é o que sentem aqueles cuja actividade é remunerada a partir de fundos comunitários, com os quais os governos têm vindo a substituir responsabilidades de financiamento que deveria ser suportado com verbas do Orçamento de Estado", afirmou a Fenprof no comunicado sobre a concentração de hoje.