Entrega dos jogadores não evitou derrota de Portugal

A selecção nacional perdeu neste sábado em Sochi, frente à Rússia, por 8-21, na última jornada do Rugby Europe Championship 2015

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Luís Cabelo

O cenário estava longe de ser optimista e os últimos 80 minutos de Portugal no Rugby Europe Championship 2015 confirmaram as (más) previsões. Sem os jogadores que estão ao serviço da selecção de sevens, com uma dezena de lesionados e algumas (discutíveis) ausências por opção da equipa técnica, a formação nacional apresentou-se em Sochi com atletas limitados fisicamente, que mesmo assim nunca viraram a cara à luta. Embora o triunfo da Rússia não mereça discussão (21-8), ficou claro que com outras opções no banco, Portugal podia ter alcançado um resultado positivo em Sochi. Salvador Vassalo, na segunda parte, marcou o ensaio português.

 

Após duas exibições medíocres contra a Alemanha e a Espanha, Portugal viajou para Sochi com ausências para todos os gostos. Sem os jogadores que fazem parte do projecto Olímpico e uma mão cheia de atletas de inegável qualidade que aptou por se afastar da selecção (Tiago Girão, Samuel Marques, Aurélien Beco e David Penalva, por exemplo), a equipa técnica nacional viu-se, para o jogo na Rússia, privada ainda de um contentor de jogadores por lesão, onde estavam alguns dos principais trunfos: Julien Bardy, Pedro Bettencourt, Mike Tadjer Barbosa, Tony Martins e Vasco Uva.

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Apesar das limitações no leque de opções, a equipa técnica nacional deixou ainda de fora, por opção, nomes como Anthony Alves, Kevin da Costa, Cristian Spachuk, Emmanuel Rebelo, Laurent Balangue ou Charly Morais, entre vários outros. Com estas opções, Portugal viajou até Sochi com um grupo formado, na grande maioria, por atletas pouco habituados a este nível de competição (Gonçalo Foro, Pinto Magalhães, Penha e Costa, José Lima e Francisco Fernandes eram as excepções). Mas, no sempre agreste ambiente russo, a falta de experiência estava longe de ser o único problema: Pinto Magalhães, por exemplo, jogou limitado fisicamente (lesão muscular).

 

À semelhança do que aconteceu em todas as partidas da prova, Portugal não entrou bem e sofreria um ensaio logo aos 7’ (Panasenko). Perto da metade da primeira parte, o consagrado Kushnarev somou mais três pontos para os russos (10-0), dando expressão à superioridade dos “ursos”. Apesar de defender bem, a equipa portuguesa tinha dificuldades nos alinhamentos (29% de eficácia) e apenas aos 26 minutos conseguiu entrar na área de 22 metros russa, alcançado três pontos com um “drop” de Penha e Costa (10-3). No entanto, em cima do intervalo, a Rússia ampliou o marcador para 13-3.

 

Na segunda parte, Portugal surgiu melhor, conseguiu instalar-se no meio campo russo, mas sofreria novo ensaio, aos 62’ (18-3). Os portugueses, no entanto, não deixaram de lutar. Embora começassem a ser evidentes dificuldades físicas em muitos atletas (os dois pilares apenas foram substituídos nos últimos cinco minutos), Portugal manteve uma atitude positiva que seria recompensada com um belo ensaio de Salvador Vassalo (18-8), a sete minutos do fim. A hipótese de alcançar, pelo menos, o bónus defensivo tornava-se real, mas apesar do último esforço dos jogadores portugueses, seria a Rússia, na última jogada, a voltar a pontuar (21-8).

Nas restantes partidas da 5.ª jornada do Rugby Europe Championship 2015, a Geórgia manteve o registo 100% vitorioso ao bater a Roménia em Bucareste (15-6), enquanto a Espanha atropelou a frágil Alemanha: 48-16.

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