Desempoeirado

Mar Negro não resiste na memória muito tempo, mas enquanto se o vê não maça.

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Não se perdoa facilmente – “modernidade oblige” – que o ambiente dentro do submarino de Mar Negro deva tanto ou mais a um clima de nave espacial do que à atmosfera submarinística de alguns velhos filmes de guerra.

Mas se tudo é um bocadinho mais asséptico do que devia ser, assim estragando uma das potenciais virtudes do filme, Kevin MacDonald, que não tem nenhum filme completamente desinteressante, mostra mais uma vez ser um tarefeiro ágil e energético, capaz de restituir os argumentos que lhe calham em mãos com verve e desempoeiranço. Mar Negro não resiste na memória muito tempo depois de ser visto, mas enquanto se o vê não maça, o que é uma qualidade a não negligenciar. 

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